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Europa

França e Reino unido declaram apoio a política de guerra dos EUA

Enquanto Macron afirma que Joe Biden tomou “uma boa decisão” ao permitir a utilização de armas de longo alcance contra Rússia, governo britânico se recusa a parar de fornecer armas

Nesta segunda-feira (18), o presidente da França Emmanuel Macron declarou que Joe Biden, presidente dos EUA, tomou uma “uma boa decisão” ao autorizar que a Ucrânia utilize mísseis de longo alcance fornecidos pelos EUA para atingir as profundidades da Federação Russa.

Em uma completa inversão de valores, Macron considera que a medida agressiva dos EUA teria ocorrido em resposta a uma suposta escalada da Rússia, que teria arregimentado tropas norte coreanas para lutar em território ucraniano, algo jamais comprovado: “A Rússia é a única potência que tomou uma decisão de escalada… é realmente essa ruptura que levou à decisão dos EUA”, declarou o presidente ilegítimo.

A acusação de Macron é o tradicional método de acusar o outro daquilo que você faz. É notório que mercenários de inúmeros países imperialistas e seus lacaios, a exemplo dos EUA, Inglaterra, Polônia e a própria França estão em território ucraniano para sustentar a agressão imperialista contra a Rússia. Não bastando, foi constatada a presença de mercenários da OTAN dentro do próprio território russo, quando da invasão da província de Kursk, inúmeros tendo sido aniquilados pelas forças russas.

A declaração de Macron é uma demonstração de que, apesar de quaisquer contradições entre as potências imperialistas, o bloco ainda permanece unido no que diz respeito a agressão contra a Federação Russa, um país oprimido. O mandatário francês já havia expressado a mesma posição em março de 2024, quando declarou apoio à Ucrânia para que utilizasse mísseis doados pelo imperialismo para atingir alvos dentro do território russo.

Sobre a decisão de Biden, de permitir o uso de mísseis de longo alcance, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, declarou que a permissão do uso de armas dos EUA para atingir locais russos marcou “uma situação qualitativamente nova em termos do envolvimento dos Estados Unidos neste conflito”.

Assim como o governo francês, o governo trabalhista do Reino Unido manifestou apoio pela política de guerra do bloco imperialista, cuja principal potência são os Estados Unidos. Neste caso, o apoio da burguesia britânica foi expresso em relação ao genocídio perpetrado por “Israel” contra palestinos, libaneses e muçulmanos em geral.

Conforme uma petição escrita do advogado do rei, Sir James Eadie, apresentada durante uma audiência em um tribunal de Londres na segunda-feira, o secretário de defesa do Reino Unido, John Healey, aconselhou o secretário de Comércio, Jonathan Reynolds, que um embargo total de armas a “Israel” “minaria a confiança dos EUA no Reino Unido e na OTAN em um momento crítico da nossa história coletiva e prejudicaria as relações. Nossos adversários não esperariam para tirar vantagem de qualquer fraqueza percebida, tendo ramificações globais”.

Isto teria ocorrido em uma reunião em julho, e foi revelado no âmbito de um processo movido por advogados que representam o grupo de direitos palestinos Al-Haq contra o governo do Reino Unido, em que o acusa de violar a lei internacional ao fornecer equipamentos militares a “Israel”, principalmente caças F-35.

Um embargo parcial às exportações militares a “Israel” entrou em vigor no início de setembro, conforme noticiado pela emissora Al Mayadeen. No entanto, a repressão na Inglaterra àqueles que lutam em defesa do povo palestino e de suas organizações de resistência, contra o genocídio, vem sendo intensificada pelo governo trabalhista de Keir Starmer, agente do MI6, resultando inclusive em prisões de jornalistas que expõem o que ocorre na Palestina.

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