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América Latina

Procurador venezuelano sobe o tom contra capitulações de Lula

Capitular diante das ofensivas golpista do imperialismo no continente a paises aliados é mesmo que deixar um flanco aberto para que o próprio Brasil seja alvo dos inimigos

A postura do governo brasileiro diante da tentativa de golpe de Estado, antes e depois das últimas eleições na Venezuela que deu vitória mais uma vez a Nicolás Maduro é completamente vergonhosa, e tem levantado uma série de discussões e debates sobre quais as intenções de Lula em relação ao imperialismo e os países oprimidos da América Latina.

O procurador-geral da Venezuela Tarek William Saab fez uma declaração que expressa o sentimento de muitas pessoas em relação às posições do Brasil e de outros governos ditos de esquerda no continente, mas que vem fazendo coro com o imperialismo norte-americano, quando inventaram uma fraude na eleição de Maduro para mais um mandato de governo chavista.

Durante o programa “Análise Situacional”, do canal venezuelano Globovísion, Saab acusou os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e do Chile, Gabriel Boric, de serem “agentes da CIA”, o serviço secreto dos Estados Unidos. “Ele não é mais a mesma pessoa que saiu da prisão, nem na aparência, nem na maneira de se expressar”, afirmou o procurador-geral sobre as declarações de Lula e consequentemente as notas do Itamaraty após as eleições na Venezuela.

O procurador também comparou a vitória de Nicolás Maduro nas eleições de 2024 com a eleição do petista em 2022. “Você (Lula) ganhou porque um tribunal eleitoral determinou sua vitória. Por que foi bom para você aí e no caso de Nicolás Maduro, não?”, questionou Saab. Quanto ao presidente chileno, disse que Boric “traiu a juventude mártir que lutou contra [Sebastián] Piñera”, referindo-se aos protestos no Chile contra o líder conservador, ocorridos em uma situação pré-revolucionária e responsável por alçá-lo à posição de mandatário do país.

Apesar das declarações grotescas de Lula e as notas oficiais servis do governo brasileiro, não se pode afirmar que o atual presidente do Brasil é um agente da CIA. É nítido que o mandatário brasileiro se encontra sob uma forte pressão do imperialismo, resultado da crise monumental que a ditadura mundial enfrenta em todo planeta. Sem uma base popular, concreta, organizada e nas ruas, o PT se vê em uma corda bamba, oscilando, mas visivelmente em uma forte guinada à direita.

No caso Boric, temos que concordar com o procurador, se trata diretamente de um agente dos Estados Unidos atuando na América Latina. O “líder estudantil” de proveta, fabricado é mais um identitário do que um esquerdista propriamente, sem ligação nenhuma com a classe operária nem no Chile e nem na América Latina. Este que não perde uma oportunidade se quer para atacar os governos seja da Venezuela, Nicarágua e até mesmo Cuba, tendo uma coincidência enorme de posicionamentos iguais aos do imperialismo para não ser caracterizado dessa forma.

Outro governo na região que saiu a campo para fazer esse jogo sujo contra o regime chavista foi Gustavo Petro, presidente da Colômbia, que assim como os outros dois presidentes já citados, reclamou as atas das eleições venezuelanas e criticou o processo eleitoral que reelegeu Maduro. O que vemos agora é Petro que está sendo acusado de irregularidades em sua campanha eleitoral, acertadamente denunciando a tentativa de golpe de Estado que sofre, sem, no entanto, demonstrar nenhuma solidariedade com o mandatário do país vizinho, submetido à mesma força política que tenta derrubar o líder colombiano.

A declaração de Saab é bastante significativa, pois se trata de um país oprimido que há anos sofre com os ataques e tentativas do imperialismo de colocar abaixo governos nacionalistas e ligados ao interesse da população como Maduro e Chaves. Neste caso o procurador se queixa com razão da falta de solidariedade dos países vizinhos diante de mais uma tentativa de golpe na Venezuela.

A situação de Petro, da Venezuela e outros países da América Latina que estão passando por essas pressões do imperialismo, deveriam servir de lição ao governo brasileiro, que diante de toda essa ofensiva golpista no continente, capitula e recua no enfrentamento contra o imperialismo.

A mensagem que Lula acaba passando quando abaixa a cabeça para os golpistas criminosos é: se diante desses ataques ele está fechando os olhos a governos aliados e perseguidos pelos EUA, poderia muito bem também capitular nos ataques e ofensivas do imperialismo aqui no Brasil contra os trabalhadores e a população de uma forma geral.

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