Neste domingo (4), militantes e ativistas da causa palestina se reuniram no Recife para homenagear Ismail Hanié, líder do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) assassinado pelo Estado terrorista de “Israel” no dia 31 de julho. A atividade, que teve início por volta das 10h, aconteceu no Sindicato dos Urbanitários, no centro da capital pernambucana.
O evento teve início com a exibição de uma declaração de Ismail Hanié ao povo brasileiro, gravada em fevereiro do ano corrente. Naquele mês, uma delegação do Partido da Causa Operária (PCO) havia se encontrado com o birô político do Hamas. A declaração de Hanié, que foi uma das últimas gravações do revolucionário palestino antes de ser martirizada, foi produzida a pedido da Direção do PCO.
Após a exibição do vídeo, o jovem burquinense Abdoul Sawadogo, integrante do Centro Islâmico do Recife, leu passagens ao Alcorão. Em seguida, o coordenador do Centro Cultural Islâmico Imam Sadeq, Eduardo Santana, repudiou o assassinato de Hanié e fez um breve balanço dos 300 dias da Operação Dilúvio de al-Aqsa.
Dando continuidade à cerimônia, os integrantes da mesa leram algumas das notas de solidariedade a Hanié publicadas por organizações brasileiras.
Na segunda parte da cerimônia, os presentes debateram a situação política na Venezuela, que se encontra sob ameaça de um golpe de Estado organizado pelo imperialismo norte-americano. Em sua fala, Mailson Neto, vice-presidente do Sindicato dos Engenheiros de Pernambuco e membro do Partido dos Trabalhadores (PT), alertou para a expansão do golpismo na América Latina como um todo.
A fala de Mailson foi completada por Zeca, do Mangue Vermelho, que destacou que a situação política mundial evolui no sentido de uma situação revolucionária.
No final da atividade, Eduardo Oliveira, do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), propôs que fossem realizados novos atos em defesa do povo venezuelano.