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Genocídio na Palestina

Assassinato de Hanié não representa ganho político para ‘Israel’

Resistência no Oriente Médio prepara uma grande derrota para 'Israel', que não consegue mais do que assassinar os líderes do povo da região

Nesta semana, ao mesmo tempo, em que colocava em marcha um golpe de estado na Venezuela, o Imperialismo e seus lacaios israelenses promoveram dois assassinatos contra líderes da mais alta importância para a luta da resistência no Oriente Médio. Para além do terror mundial causado com a martirização de Ismail Hanié, chefe do birô político do Hamas, e Fuad Shukr, comandante militar do Hesbolá, no entanto, a política sionista não saiu fortalecida. Pelo contrário, a atitude demonstra seu desespero e fortalece a luta da resistência em todos os lugares.

Em primeiro lugar, é necessário entender que a política de assassinatos não é vantajosa para “Israel”. Isso porque as estruturas dos partidos políticos da resistência são muito bem estruturadas, fazendo com que, após a morte ou a impossibilidade de algum dos quadros, haja sua substituição por outro militante, mantendo, assim, as estruturas partidárias intactas. Prova disso é o fato de que ‘Israel’, desde sua fundação, praticou inúmeros assassinatos contra líderes políticos em todos os lugares do mundo, sem que houvesse nenhum ganho objetivo para os sionistas. Pelo contrário, a resistência está até hoje na ativa e mais forte do que nunca.

A política de assassinatos aos líderes políticos é, então, idêntica ao que ‘Israel’ pratica contra o povo palestino, tendo a ideia de que o terror causado pelas mortes levaria a uma paralisação do povo e seu afastamento em relação à resistência, o que, de fato, não acontece.

Não há, portanto, nenhum ganho militar ao se assassinar os líderes da resistência. ‘Israel’ não conseguiu avançar em nenhum terreno. Não conseguiu atingir pontos estratégicos do Hesbolá no Líbano, nem conseguiu dominar nenhum ponto de Gaza com os assassinatos promovidos contra os líderes da resistência.

Ao mesmo tempo que não representa uma vitória militar, os assassinatos também apontam para mais uma derrota política dos sionistas. Os israelenses já estão muito malvistos por toda a população do planeta terra, com repúdio em vários setores. Os assassinatos vêm para aumentar o ponto de vista negativo que a população de todo o mundo já tem em relação aos sionistas, fazendo com que as mobilizações e a pressão contra o regime venham a aumentar.

Do ponto de vista da propaganda israelense, os assassinatos mostram mais um flanco descoberto dos sionistas. Isso porque as duas operações demonstraram, mais uma vez, que ‘Israel’ tem condições de encontrar alvos, inclusive em outros países, caso dos dois mártires em questão, e, com isso, executá-los. Ora, se ‘Israel’ consegue assassinar Ismail Hanié no Irã, sem causar danos graves ao país em questão, por que é que ‘Israel’ precisa destruir bairros, hospitais, escolas, igrejas e cidades inteiras para assassinar os militantes do Hamas na Faixa de Gaza? Fica evidente, se é que nesta altura do campeonato alguém ainda duvidava disso, de que o que está acontecendo na Palestina é um ataque contra a população no geral, não apenas os militantes políticos.

Outro ponto que demonstra a derrota completa para onde se encaminha ‘Israel’ com os assassinatos é o fato de que essa postura abre a possibilidade de retaliação por parte da resistência. Prova disso é a reunião que acontecerá no Irã entre o Hesbolá libanês, a Guarda Revolucionária do Irã, a resistência iraquiana e Ansra Alá do Iêmen em que se discutirá como se dará a retaliação de toda a resistência contra ‘Israel’ de forma conjunta.

Já tivemos outras demonstrações do fracasso de ‘israel’ em relação à sua política de assassinar as lideranças políticas da resistência. Em janeiro, o Hesbolá começou uma nova etapa de ataques contra ‘Israel’ após o assassnato de Salé al-Arouri. Em abril, o Irã deu uma enorme demonstração de força ao bombardear pontos estratégicos importantes de ‘Israel’, após o assassinato de um conselheiro militar iraniano em um bombardeio israelense na Síria que alvejou a embaixada iraniana. Outro exemplo foi o do assassinato do general iraniano Qassem Soleimani, em janeiro de 2020, este feito pelos EUA com apoio de “Israel”. Vemos, hoje, que apesar do assassinato por parte do imperialismo norte-americano, a resistência se mantém forte e unida 4 anos depois. Soleimani, inclusive, deixou um grande legado para a resistência.

A resistência, inclusive, tem total consciência de tudo o que é dito nesta matéria. Como fica evidente, por exemplo, nas declarações de Saied Hassan Nasseralá, secretário-geral do Hesbolá, que em pronunciamento em que comentava os assassinatos dos companheiros em questão, deixou claro que as forças de resistência se fortalecerão como resultado da política de ‘Israel’, além de garantir que a resposta a ‘israel’ virá, já que o Estado sionista ultrapassou linhas vermelhas das quais não tem noção de como será a resposta.

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