Europa

Grayzone denuncia manobra dos EUA para apoiar nazistas na Ucrânia

Há uma clara tentativa do Departamento de Estado norte-americano de burlar a lei para continuarem financiando e apoiando grupos nazistas no país eslavo

Uma matéria publicada no The Grayzone informa o perfil do Batalhão Azov foi removido da lista de grupos extremistas de Stanford. A remoção teria acontecido em maio e teria sido feita por uma organização ligada ao governo norte-americano, o Mapping Militants Project (MMP) da Universidade de Stanford que é uma iniciativa financiada pelo governo dos EUA que conduz pesquisas sobre “organizações militantes ou extremistas violentas”.

De acordo com o Grayzone essa remoção tem um significado importante. Sendo assim, o departamento de Estado dos EUA, poderia financiar e apoiar militarmente o grupo Azov e se esquivar das críticas. O sítio funciona como uma fonte “confiável” a respeito de grupos que são considerados extremistas. A retirada do Azov, coloca em xeque uma série de arquivos e documentos recolhidos ao longo da história e respeito das intenções do grupo.

Segundo a matéria do Grayzone, questionada sobre a remoção do perfil de Azov, uma das acadêmicas por trás do MMP, a professora Martha Crenshaw, disse  ao Noir : “planejamos atualizar esse perfil, mas não sei quando a atualização será concluída”. Quando questionadas sobre mais detalhes, incluindo se os perfis de grupos militantes são normalmente removidos durante um processo de atualização, quando a atualização seria concluída, que tipos de atualizações estavam sendo feitas e se o perfil de Azov eventualmente ficaria visível novamente no site do MMP, Crenshaw e os outros acadêmicos do MMP não forneceram respostas específicas.

Aparentemente a retirada do Azov do MMP, teria sido uma pressão de diplomatas ucranianos. A embaixadora ucraniana nos Estados Unidos, Oksana Markarova, publicou uma  publicação no Facebook comemorando e agradecendo a remoção do perfil Azov pelo MMP, com uma captura de tela da mensagem “Página não encontrada” que aparece se alguém navegar até a URL do perfil Azov do MMP.

Existe toda uma campanha da imprensa ligada ao imperialismo para tentar desvincular o batalhão ucraniano de seu histórico nazista. No entanto, há muitas provas e fatos que mostram claramente o contrário. Existem muitos documentos e símbolos utilizados pelo grupo que dão conta que são ligados diretamente a extrema direita com laços com organizações estrangeiras de supremacia branca.

O Grayzone afirma que: “O fundador do Azov, Andriy Biletsky, um supremacista branco descarado que  supostamente disse que a missão nacional da Ucrânia era ‘liderar as raças brancas do mundo em uma cruzada final… contra os Untermenschen [subumanos] liderados pelos semitas’, continua intimamente ligado à unidade, apesar de sua suposta saída no outono de 2014.”

Essa remoção do Azov da lista MMP, aconteceu pouco tempo antes do Departamento de Estado dos EUA tirar a decisão de suspender o fornecimento de armas ao grupo. “O Departamento de Estado, que originalmente proibiu o armamento de Azov devido a preocupações sobre seu extremismo de extrema direita, rescindiu essa política porque a brigada recentemente ‘passou pela verificação de Leahy realizada pelo Departamento de Estado dos EUA’”, informa Grayzone.

“Leahy vetting” é uma referência à Lei Leahy, que proíbe os Estados Unidos de financiar “forças de segurança estrangeiras onde haja informações confiáveis ​​implicando essa unidade na prática de violações graves de direitos humanos”, de acordo com uma  ficha informativa do Departamento de Estado.

No entanto, todas as acusações com provas contra o batalhão dão conta de que suas atuações são de torturas, desaparecimento forçados, assassinatos extrajudiciais, enfim ações típicas de grupos de extrema-direita nazistas. Muitos dos abusos de direitos humanos de Azov, que também incluem o uso de infraestrutura civil para fins militares e saques de casas civis, ocorreram depois que a unidade foi formalmente integrada à Guarda Nacional Ucraniana no final de 2014. O que vemos aqui é uma tentativa clara do imperialismo dito democrático de burlar a lei para continuarem financiando a guerra por procuração da Ucrânia contra a Rússia.

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