Ganhar e perde faz parte do jogo. Algumas grandes equipes, como Corinthians e Botafogo, e até a nossa Seleção (a melhor do mundo), atravessaram décadas sem ganhar um campeonato e ainda assim, a torcida os seguiu, fiel e crescendo. Em muitos casos, se viu também o esforço de atletas e alguns poucos dirigentes para reverter a “ma fase”.
Não é o que a “nação rubor-negra” viu nos últimos meses. O time que mais arrecada no Brasil, pela sua imensa torcida, estimada em mais de 40 milhões em todas as regiões do País, e até mesmo com o uso de mecanismos que afetam a torcida dos estádios, como os ingresso a “preço de ouro”, venda de passes de bons jogadores, uniformes desfigurados com publicidades, etc. O Mengo arrecadou mais de R$1 bilhão no ano passado e as estimavas eram de arrecadas mais de R$1,5 bi este ano. Só com a venda de jogadores o clube arrecadou mais de R$280 milhões, apenas este ano.
Com tamanho manancial de recurso e após ter, desde 2019, a equipe de futebol, ao lado do Palmeiras, disputando todos os títulos mais importantes do melhor futebol do mundo, o brasileiro, o Flamengo, por conta da política de sua diretoria, despencou em poucos meses, como era difícil supor.
Um dos principais motivos, foi a demissão sem motivo de interesse do clube de todos os últimos técnicos que conquistaram títulos pelo Mengão.
No último domingo, o País assistiu ao Flamengo perder a sexta disputa de título do ano.
Desta feita, o bom time do São Paulo, sagrou-se campeão da Copa do Brasil, sob comando do técnico excelente técnico Dorival Júnior que, no ano passado, comandou o Flamengo no segundo semestre de 2022 e foi campeão da Copa Libertadores da América e da Copa do Brasil, estava cotado para ser o técnico da seleção brasileira e acabou não tendo o contrato renovado com o clube.
Seguindo a moda reacionária e, geralmente, ineficaz de contratar técnicos estrangeiros para os grandes times do melhor futebol do mundo (no começo do ano, metade dos times do campeonato brasileiro eram dirigidos por técnicos estrangeiros) e a CBF tem a desfaçatez de colocar um bom técnico brasileiro como interino no comando da seleção brasileira, aguardando por um técnico italiano, cujo País, não vem conseguindo sequer se classificar para a Copa.
Essa “moda”, é claro, rende aos “negociantes” que dirigem os clubes grandes negócios e contratos multimilionários que quando rompidos geram multas de muitos milhões. E a torcida tem que amargar os vexames, que – repetimos – não está em perder, mas em ver o melhor elenco do País, com excelentes jogadores, perdidos, sem qualquer esquema tático, sem jogadas organizadas, enfim, nada que depende desses técnicos funciona.
Diante da nova derrota, a imprensa anunciou que a diretoria do “mais querido” já teria decido “pela saída do técnico Jorge Sampaoli”, que já vai tarde! No entanto, se anuncia também que “agora encontra divergência na maneira como irá pagar a multa rescisória de R$ 14 milhões para o treinador”. A diretoria trouxe o técnico argentino que não conquistou nada no futebol brasileiro e pouco mostrou em sua carreira, pagou milhões para ele e sua equipe, incluindo o preparador físico que agrediu o craque Pedro e, deixou montar a armadilha, se o técnico não ganhasse nada e tivesse que ser demitido, receberia em troca alguns milhões. Quem sabe para sair campanha contra o time e o futebol brasileiro como vem fazendo o incompetente técnico português Vítor Pereira, que antes de Sampaoli consegui perder a disputa de quatro títulos em apenas dois meses e dá entrevistas dizendo que o problema é o futebol brasileiro.
Agredir os jogadores e a torcida é fazê-la sofrer, o que parece ter virado um hábito da direção e da equipe técnica do Flamengo. Antes de demitir Dorival, a diretoria do Flamengo demitiu Rogério Ceni, que conquistou três títulos em oito meses: o Campeonato Brasileiro de 2020, o Campeonato Carioca de 2021 e a Supercopa do Brasil de 2021. Parece que eles têm ódio de quem ganha título e resolvem demitir!
O caso do Flamengo é exemplar de como as direções empresariais e a política de privatização – cada vez maior – do futebol. Esse esquema vem causando estragos no melhor futebol do mundo, cada vez mais dominado pelos grandes monopólios do setor esportivo de dos meios de comunicação, como a golpista TV Globo, que querem o torcedor longe do estádio, e apoiam a política de técnicos estrangeiros, até no futebol feminino.
Contra esta política criminosa, a torcida precisa levantar. Se unir em todo o País e criar um movimento geral de luta dos torcedores.
No caso dos flamenguistas, é preciso colocar para fora não só o Sampaoli, mas toda a diretoria do Flamengo. E defendeu o controle do time pelos torcedores, de forma democrática, como deveria ser em todas as equipes.
Que o esporte do povo, fique sob o controle dos torcedores e de suas organizações.
