Um país assolado pelo império

Guerra civil iniciada há mais de dez anos pelo império reacende

RSF tenta se opor ao imperialismo.

Mais um capítulo da Guerra se abre no mundo e especificamente na região mais assolada pela dominação imperialista norte-americana que é Africa, continente que serve de campo de batalha de golpes e experiências promovidos pelos EUA. Recentemente, o Sudão foi vítima de mais um ataque norte-americano que divide etnicamente seu povo para promover sua conquista política no território. A tática é a da desestabilização, de armar alguns grupos contra outros, dessa maneira, o imperialismo não precisa mandar numerosos efetivos para a região, deixando que esse trabalho seja feito por facções locais.

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O Sudão já soma em seu território a segunda guerra civil. A primeira ocorreu de 1955 a 1972, a segunda de 1983 a 2005; a atual foi iniciada pelo presidente golpista apoiado pelos EUA contra a milícia RSF, que apoiou o golpe de Estado. Abdel Fattah al-Burhan, líder das Forças Armadas Sudanesas (SAF) é representante do governo sudanês, e Mohamed Hamdan Dagalo, mais conhecido como Hemetti, chefe das Forças de Apoio Rápido (RSF) paramilitares e vice-presidente do Sudão. Ambos generais deram golpe no antigo golpista, marechal de campo Omar Ahmad al-Bashir, que esteve diretamente envolvido nos conflitos da Primeira Guerra Civil Sudanesa, Guerra de Yom Kippur e a Segunda Guerra Civil Sudanesa.

Omar al-Bashir travou intesas batalhas na região de Darfur contra rebeldes que divergiam de seu governo. Foi responsável pela morte de mais de 400 mil pessoasl e mais de 2 milhões de refugiados. Os rebeldes eram apoiados por Muammar Gaddafi, ex-presidente da Líbia, que perderam o apoio após sua morte em 2011.

A guerra que hoje é travada no Sudão é encampada pelos EUA, que apoiam diretamente o atual presidente golpista. O Sudão sofreu recentemente, em meados de 2011, um golpe do imperialismo, que foi a separação do território em Sudão e Sudão do Sul. O sul é rico em petróleo, com população de 11,381 milhões de habitantes e densidade demográfica de cerca de 18,6 hab./km. Esse país, criado em 2011, tem ¾ da população vivendo abaixo da linha da pobreza e dependem de atividades agropecuárias para sobrevivência. Urbanização é muito baixa, cerca de 20,8% e Juba, a capital do Sudão do Sul, tem cerca de 440 mil habitantes. O país vive da exploração do petróleo que hoje está sob controle norte-americano e essa exploração reflete na atual situação de miséria da população em geral, uma típica exploração imperialista de rapina e pilhagem.

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A RSF, agora, tem tentando se insurgir contra o domínio norte-americano no país de olho na recente divisão em Sudão e Sudão do Sul, no qual a população amarga miséria e repressão do Estado dominado pelo controle imperial. Hemedti está tentando ganhar apoio popular e para isso precisa se antecipar na guerra contra o império e alcançar maior força possível para combater a investida norte-americana.

O que fica claro nesse conflito é que mais uma vez um país africano é vítima do imperialismo, o grande inimigo da classe tralhadora de todos o mundo.

A grande imprensa, como é de se esperar, vai tentar contar a história de que se trata de uma luta entre facções ou uma luta pela democracia, com o intuito de esconder os reais interesses por trás de mais uma guerra provocada pelos tubarões do grande capital internacional.

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