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Censura ditatorial

Professor da UFPE é perseguido por adoradores da ditadura militar

Professor da UFPE é censurado por querer mudar o nome de auditório que fazia referência a militares da Ditadura

O professor Évson Malaquias da UFPE está sendo vítima de um processo de perseguição política. A razão do processo foi uma campanha que ele realizou pela mudança do nome do auditório da faculdade, que fazia referência a um militar da Ditadura.

Évson concedeu duas entrevistas ao programa Causa Operária na Rádio Cultura denunciando o ocorrido. Nelas, o companheiro explicou o porquê de sua campanha contra o nome do auditório: para ele, os militares são uma força social reacionária, que, desde a redemocratização, não foram enfrentados por ninguém.

Além disso, o professor citou que a reitoria da UFPE buscava criar uma página de memória aos militares. No entanto, por conta da mobilização universitária, eles recuaram do projeto. Ou seja, aqueles que perseguem o professor Évson são, genuinamente, adoradores da Ditadura Militar.

Depois dessas campanhas, foi formada uma comissão persecutória dentro da UFPE contra o companheiro Évson. O professor classificou tal processo como um lavajatismo no interior da UFPE e ressaltou que se trata de um autoritarismo de tipo ditatorial.

O processo tem todas as características de um processo político. Trata-se de uma perseguição, sem nenhuma base real, unicamente orbitando em torno de ataques pessoais rasteiros. Para se ter ideia do nível a que se chegou, a comissão citou a entrevista do professor ao programa do Eduardo Vasco na Rádio Cultura como prova de que ele teria um “comportamento inadequado”. Também foi citada um artigo que ele escreveu ao Brasil 247 como parte da peça persecutória. Ou seja, é um processo diretamente político.

“Como é que a gente pode chamar isso? Censura”, disse o professor se referindo a citação da entrevista dele ao companheiro Eduardo Vasco no processo. Finalmente, Évson está sendo processado por ter iniciado uma campanha política contra o nome de um auditório, que foi um meio que ele entendeu como correto para combater a ditadura. Como prova dos “crimes” de opinião que ele teria cometido, citaram fatos de sua vida privada, como uma entrevista a uma rádio – algo típico de um Estado ditatorial.

Finalmente, trata-se de um processo fascista, que é levado adiante pelos adoradores da Ditadura Militar. O processo se utiliza do clima reacionário que está em volta do país contra a liberdade de expressão para atacar um cidadão comum: eis o resultado do fortalecimento do aparato persecutório do Estado burguês.

Assista na íntegra à entrevista de Évson Malaquias à Rádio Cultura e à Rádio Causa Operária:

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