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Valéria Guerra

Jornalista (UMESP), historiadora, atriz com DRT-RJ, escritora, colunista do 247, PCO, e do meu site (https://guerraluz.prosaeverso.net/); mestre em Intervenção Psicológica no Desenvolvimento e na Educação; professora do Estado do RJ na cadeira de biologia, poetisa e ativista contra a desigualdade no Brasil e no mundo.

Resenha

Tiângulo da tristeza – Um filme além da sátira

O ser humano se tornou maquínico: “O inconsciente maquínico é um conceito de Deleuze e Guattari que repensa a subjetividade humana através de sínteses inconscientes.

  Karl e Yaya são protagonistas em um mundo em decadência moral e ética. Eles vestem a fantasia sagrada do poder do dinheiro, do poder seleto da fama, do poder efêmero da liberdade que a pujança do luxo oferta.

 A indignidade ronda o mundo fashion. Aliás, o reino do capital escraviza pobres e ricos que seguem como vassalos e suseranos em uma esteira de hierarquias convergentes. Todos os personagens envolvidos na trama revelam sua atividade capitalista e o socialismo parece apenas uma peça de museu.

 O ser humano se tornou maquínico: “O inconsciente maquínico é um conceito de Deleuze e Guattari que repensa a subjetividade humana através de sínteses inconscientes.

 Nós somos máquinas desejantes!

 Escrevi um livro em 2012, chamado EXPECTATIVAS E CONTOS, e o conto Máquinas perfumadas faz alusão ao estado maquínico do ser humano.

 Vigilância e punição transitam no meio humano como duas faces da moeda na vida humana.

  O controle é exercido através da sede intensa e deselegante de um poder que habita a mente humana, a tornando em um chip a serviço do seu verdadeiro deus: o dinheiro. É aí que recorremos e/ou nos socorremos com  alguns inauditos, “classificados” como pensadores , filósofos, ou como queiram chamar; a fim de entender: a razão de tanta desigualdade no planeta.

 Um planeta que abriga os sons excelsos de variados pássaros, que gorjeiam todas as manhãs como se anunciassem a você a esperança. 

  Jesus Cristo disse que as raposas possuíam seus covis, e os pássaros seus ninhos, mas o filho do homem não tinha onde reclinar a cabeça.

 Pagamos o preço de uma vida maquínica, onde a subjetividade é  algo produzido por instâncias individuais, coletivas e institucionais. No momento em que a subjetividade é considerada como produção ela pode ser entendida de maneira plural.

  Karl e Yaya  embarcaram na plenitude de uma viagem nababesca, e se tornaram servis de uma sociedade tribal, onde suas vidas foram capitaneadas por alguém que algumas horas antes do naufrágio limpava banheiros e quartos no iate em que o casal desfrutava seus melhores momentos de poderio utilitário.

 O caos remexe a máquina que requer novos ajustes, mas não perde as peças: ID, EGO e SUPEREGO.

 Escambo, não é parceria. É assim que nasce o Homo assassinus. E Homo sapiens desde que se entende por gente, vende “bosta”  compra granada e vice-versa, assim ele explode o seu igual literalmente: em um eterno trinômio dominar/ subjugar/explorar.

 Tal fragmento em seguida nos revela que a estória pode imitar a história: “Charlbi Dean Kriek, atriz de “Triângulo da Tristeza” , ficou de fora do In Memoriam do Oscar 2023”. Ela faleceu em agosto de 2022…

  Vale a pena assistir os personagens de Triângulo da tristeza, não pelo prêmio em Cannes em 2022, mas pela reflexão que seu roteiro enseja. A sátira dos privilégios vai muito além  do piegas, ela pode sensibilizar a fera capitalista que habita em cada exemplar de Homo corruptivus

*A coluna não reflete necessariamente a opinião deste jornal

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