Na última terça-feira, dia 14, a União Europeia inseriu a Rússia numa lista de territórios ultramarinos considerados paraísos fiscais. Isso não passa de pura demagogia contra o governo de Putin, já que a própria União Europeia é um antro de paraísos fiscais.
Uma das alegações é que, segundo nota divulgada pelo conselho dos ministros da Economia, que fez uma análise da legislação russa do ano de 2022, chegou-se à conclusão de que “a Rússia não cumpriu com seu compromisso de corrigir os aspectos negativos de um regime especial para as holdings internacionais”.
A União Europeia, para completar a farsa, alegou que, devido à guerra da Rússia com a Ucrânia, o diálogo com os russos sobre as questões fiscais foi interrompido. Ora, nada mais natural que haja a interrupção de diálogos fiscais em meio a uma série de sanções econômicas promovida pelo imperialismo (estimulado principalmente pelos Estados Unidos, que visa a interesses econômicos) contra a Rússia.
Além da Rússia, foram incluídos na lista de Ilhas Virgens Britânicas, Costa Rica e Ilhas Marshall, que se juntam a Samoa Americana, Anguilla, Bahamas, Fiji, Guam, Palau, Panamá, Samoa, Trinidad e Tobago, Turks e Caicos, Ilhas Virgens Americanas e Vanuatu.
Essa lista de países considerados paraísos fiscais é uma política demagógica e arbitrária da União Europeia, já que ela tem o poder quase que exclusivo para definir o que é paraíso fiscal ou não, mediante seus próprios critérios. A questão russa deixa isso bem claro.
Outro exemplo claro da demagogia é que os Países Baixos, membro da União Europeia, são considerados um paraíso fiscal, quarto maior do mundo, segundo a Tax Justice Network. Ou seja, a União Europeia usa de subterfúgios para aliviar para seus membros e perseguir outros países.
Esse episódio se trata de mais um caso de perseguição do imperialismo mundial contra a Rússia, para atingir o governo de Putin. Essa pode ser uma aposta para causar desgastes à imagem russa, criando um clima de insatisfação não somente externo, mas interno para Putin, o que seria um grande problema para seu governo.
A Guerra da Ucrânia tem tomado rumos que fogem do controle do imperialismo, então a propaganda de imagem é um método que o imperialismo usa para sair vencendo seus conflitos. Dessa forma, quanto pior for a imagem russa e de seu governo, mais enfraquecido o imperialismo vê seu adversário.
Diante disso, é preciso estar atento e denunciar essas tentativas do imperialismo em atingir em cheio o governo de Putin, que, nesse momento, é um dos grandes antagonistas do imperialismo.
