Os números divulgados, pelos banqueiros, demonstram que o setor mais parasitário da economia nacional, os bancos, têm registrado recorde de lucros, mesmo no período da pandemia, em que os outros setores (indústria, comércio, etc.) foram brutalmente afetados. Esses números também estão em contradição com a situação de miséria da categoria bancária.
Os dados, parciais do ano de 2021, do Banco Central em relação ao lucro dos cinco maiores bancos no Brasil, não deixa dúvida do caráter parasitário dos banqueiros. Os cinco maiores bancos de varejo no país, Itaú/Unibanco, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal tiveram um lucro líquido de R$ 26,2 bilhões no terceiro trimestre, uma alta combinada de 36% em um ano. O aumento do lucro é resultado do maior aumento de crédito e por um salto nas receitas com tarifas. O resultado com tarifas bancárias é verdadeiramente extraordinário, quando comparado com o nível de miséria da população que, como sempre, paga a conta para manter os privilégios de meia dúzia de banqueiros parasitas. As receitas com prestação de serviços e tarifas dos cincos maiores bancos cresceram 5% em um ano, somando R$ 37,2 bilhões.
Por outro lado, enquanto que os banqueiros fazem a farra enchendo os bolsos, a categoria bancária vem comendo o pão que o diabo amassou, devido à política de reestruturação imposta pelos patrões.
No ano de 2020 os banqueiros fecharam 2.080 agências bancárias em todo o país que, teve como uma das suas principais consequências, além do fechamento de 9 mil postos de trabalho, ou seja, a demissão de milhares de pais de famílias, a redução de postos de atendimento bancário em mais 89 municípios.
Dos 5.568 municípios brasileiros, com o fechamento de mais esse contingente de agências, apenas 2.338 deles são atendidos pelos bancos.
A atividade bancária que deveria ter uma função pública de interesse de toda a população, é tratada pelos os governos de plantão dos capitalistas como um instrumento de enriquecimento de meia dúzia de parasitas que vivem às custas de sugar o sangue dos trabalhadores e de toda a população. Tanto é assim que, é a população mais pobre que sofre com a política de enxugamento das agências bancárias no país a fora. A população em municípios sem estrutura bancária, são obrigados a ir em outras cidades para ir, por exemplo, sacar a aposentadoria ou outros benefícios.
Os banqueiros, para justificar o fechamento de agências e postos de serviços, estão utilizando a desculpa, esfarrapada da concorrência com fintechs, pressões regulatórias e a transformação em agências digitais e, conforme a Federação dos Bancos (Febraban), a decisão de abrir ou fechar um posto de atendimento é tomada pelos bancos individuais com base na estratégia de negócios e, que os bancos estão se adequando suas estruturas à nova realidade do mercado, ou seja, traduzindo para o português: para que mantenhamos nos nossos lucros que se lasque a população e os trabalhadores.
Contra essa política de terra arrasada dos banqueiros e seus governos à população e os trabalhadores, que vem sofrendo com as demissões e a precarização dos seus direitos trabalhistas, é preciso organizar imediatamente uma campanha vigorosa para que a atividade bancária seja um instrumento de toda a população. Organizar comitês de luta em todos os locais de trabalho para organizar uma gigantesca mobilização com o objetivo de barrar a ofensiva reacionária dos banqueiros e seus governos que vêm, sistematicamente, lucrando às custas da miséria dos trabalhadores e de toda a população em geral.