O “Coletivo Democracia Corinthiana” publicou uma nota em apoio ao uso de bandeiras, faixas e camisetas de partidos nos atos chamados pelas torcidas organizadas. A “Nota de esclarecimento – O CDC e as Manifestações em Defesa da Democracia”, na qual o coletivo se posiciona em apoio à luta dos movimentos contra a censura e os métodos reacionários do “Somos Democracia” quanto à presença de bandeiras e simbologia partidária.
É importante destacar que esse coletivo é um tradicional organização da esquerda dentro da torcida do Corinthians, regularmente vista atuando no movimento, muito diferente, diga-se de passagem, do amarelo “Somos Democracia”.
Reproduzo aqui parte da nota do coletivo. O texto completo foi publicado em nosso diário.
“Consideramos que todos os partidos, sindicatos, associações, movimentos e coletivos podem, sim, empunhar suas bandeiras e vestir suas camisetas durante essas manifestações públicas. Qualquer censura constitui-se em paradoxo e afronta justamente os princípios que norteiam nossa luta por justiça, igualdade e democracia.”
A colocação é primeira de uma organização de torcedores diante da polêmica de abaixar as bandeiras de partidos encabeçada pelo “Somos Democracia” nos últimos atos. A posição contrária a partidos nos atos tomou corpo com a entrada dos setores da Frente Ampla no movimento iniciado por torcedores, promovendo uma série atritos com o PCO, único partido que está organizado como tal no movimento. Isso desembocou na ameaça direta a um membro da direção do PCO por parte de Danilo Pássaro, líder do movimento citado.
Queridinho da Folha e do Globo, parte da chapa de vereadores de Guilherme Boulos, que participou do “Não vai ter Copa”, algo que a Gaviões da Fiel opôs – Pássaro – foi desmascarado pelo ação reacionária de ameaçar a própria esquerda. A posição da Democracia Corinthiana, portanto, comprova a completa oposição entre o recém-chegado homem da frente ampla e uma tradicional organização do movimento.
Da mesma forma, o verde-amarelismo na esquerda deve ser desmascarado como um movimento burguês e reacionário de manutenção do política de Bolsonaro sem Bolsonaro. Essa conclusão deve ser tirada de sua própria ação reacionária. As série de manobras contra a presença de Partidos nos atos, os acordos com a polícia de Dória para entregar a Paulista para os fascistas, e a política de privatizar o movimento e canalizá-lo para fins próprios, em sua essência, eleitorais.
O coletivo expressão apenas aquilo que muitos torcedores, nos mais diversos clubes vêem: O coletivo amarelo e azul “Somos Democracia” não é uma criação do movimento, mas se propõe a ser seu coveiro.