O campo de petróleo de Búzios, maior em áreas marítimas do mundo, que fica na Bacia de Santos, está na mira dos golpistas e será oferecido pelo governo Bolsonaro aos tubarões das petroleiras estrangeiras no megaleilão do pré-sal, marcado para o próximo dia 6 de novembro.
Fixado em R$ 68,2 bilhões em bônus de assinatura, o campo faz parte de uma área que compreende outros 3 campos, que juntos serão entregues por 106,6 bilhões de reais, que segundo autoridades brasileiras, pode fazer da licitação a maior de áreas de petróleo do mundo.
De acordo com a Agência Nacional do Petróleo (ANP), estima-se que a produção dos quatro campos seja de 1,2 milhão de barris por dia. Com o resultado do leilão dos quatro campos na Bacia de Santos, o governo pretende arrecadar R$ 106,5 bilhões. Este valor, contudo, é extremamente baixo se comparado ao que o País ganharia mantendo a Petrobras (que descobriu o pré-sal) com exclusividade na exploração.
Isso por que o preço do barril hoje (R$ 245,99 ) x 1,2 milhões de barris que serão produzidos nos campos x 30 dias x 12 meses, temos o resultado de 106,3 bilhões aproximadamente. Ou seja, os golpistas entregarão os 4 campos pelo valor de apenas 1 ano de exploração, um preço de banana.
Para José Maria Rangel, coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP), “hoje quem consegue extrair o petróleo do pré-sal a menor custo é a Petrobras e como o regime de partilha prevê, que retirados os custos de extração, a empresa que der maior retorno de óleo para o governo é a vencedora do leilão, quem hoje tem a condição de dar a maior quantidade é a Petrobras. Querem acabar com isso e voltar para o modelo de concessão. É um ‘entreguismo’ generalizado.”
Movimento do Golpe de Estado
De acordo com matéria da FUP publicada em 30/10/19:
“Em um levantamento inédito realizado pelo Ineep monitorando sete das principais empresas de petróleo, nota-se que entre 2017 e 2018 gigantes do setor como Equinor, ExxonMobil e BP registraram uma expansão de suas reservas provadas de 15,1%, 14,6% e 8,2%, respectivamente. Em escala menor, Total, Chevron e Shell também apresentaram crescimento respectivo de 5,0%, 3,3% e 1,2%. No mesmo período, no entanto, somente a Petrobras retraiu o seu volume de reservas em 3,7%.”

Enquanto as empresas estrangeiras, representantes do imperialismo mundial, diversificam seus negócios, a Petrobras, sob controle do governo entreguista de Bolsonaro, vende seus ativos e abdica da exploração do pré-sal que ela mesma descobriu. Este é o propósito do golpe de Estado, paralisar a empresa e vender seus ativos rumo à privatização, enquanto entrega todas as nossas gigantescas riquezas quase de graça para os países mais opressores do mundo.


