Judiciário dos EUA

Briga para a Suprema Corte em meio à corrida eleitoral nos EUA

Com a nova vaga na Suprema Corte, Trump e republicanos articulam escolha do no juiz em tempo record, como uma forma de aparelhar o Estado

Com a morte da juíza Ruth Bader Ginsburg, em plenos últimos dias da presidência de Donald Trump, foi dado início a uma corrida de campanha para substituir a jurista liberal na próxima eleição de novembro, dando apenas 38 dias no cronograma para o Senado agir.

O senador republicano, Micht McConnell – que afirmava que queria ocupar a cadeira antes 2021 – declara: O Senado tem tempo mais do que suficiente para processar uma indicação. A história e os precedentes deixam isso perfeitamente claro.”

Se analisarmos a história recente, é nítido que o discurso de McConnell é totalmente demagogo e mentiroso, uma vez que os republicanos se recusaram a sequer considerar a nomeação do ex-presidente Obama, para o juiz Merrick B. Garland – em 2016 – por quase nove meses antes das eleições, alegando que os eleitores devem ter uma palavra a dizer sobre quem preencheu a nomeação vitalícia.

Desde 1975, a confirmação média da Suprema Corte leva cerca de 70 dias, e apenas dois casos foram mais rápidos: os juízes John Paul Stevens em 1975 e Sandra Day O’Connor em 1981, ambos aprovados por unanimidade. Desde que Justice Ginsburg foi confirmado com pouca resistência em 1993, nenhuma confirmação levou menos de 62 dias.

Embora o Senado tenha aprovado outros indicados para o tribunal em anos eleitorais, nenhum foi confirmado tão perto de uma eleição presidencial, em toda a história americana.

E com essa corrida, Trump deixa evidenciado a sua favorita: a juíza Amy Coney Barrett do Tribunal de Apelações do Sétimo Circuito dos Estados Unidos em Chicago. Com uma pauta conservadora e antiaborto, Barrett é a posta do fascista para mudar o centro ideológico do tribunal para a direita nos anos seguintes.

Com Trump se aproximando de Biden nas pesquisas, a briga pela suprema corte fica diretamente conectada com as eleições presidenciais, onde o genocida Trump tenta impor uma representante contra a outra ala da burguesia, o que seria uma vitória importante para a extrema-direita trumpista, principalmente se Trump conseguir se reeleger.

Na verdade, o que estamos vendo, é uma tentativa de aparelhar o Estado, por parte dessa extrema-direita.
Assim como no Brasil, um juiz da Suprema Corte norte americana também é um cargo vitalício, algo que é totalmente aberrante e anti-democrático e, independente de quem seja o escolhido, todos eles têm a mesma coisa em comum: todos são aprovados por Wall-Street, ou seja, mais um juiz para o hall de capachos da burguesia norte americana.

Todos com objetivos totalmente divorciados de uma justiça democrática, que só ocupam as cadeiras para atender aos interesses dos banqueiros e grandes corporações. Porém, essa atual corrida para a escolha do novo nome torna-se mais descarada. Nunca houve uma escolha em um tempo tão curto e, tal procedimento, é apenas para que os tentáculos da extrema-direita esteja solidificado no aparato judiciário.

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