Resultado das ações da extrema-direita no Brasil, o mestre de capoeira, Moa do Katendê, foi executado a facadas em Salvador, Bahia, no começo de outubro, por um eleitor de Bolsonaro, que não quis aceitar a postura de Mestre Moa que, naquele momento, defendia o Partido dos Trabalhadores.
Desde então, uma série de protestos e manifestações foram organizados em memória a Mestre Moa e contra a extrema direita, que fez outras dezenas de vítimas de lesões neste último período.
Uma dessas manifestações aconteceu no Rio de Janeiro, na última quarta-feira (24/10). Dezenas de pessoas se reuniram no Largo da Carioca para organizar um ato-roda em homenagem a mestre Moa do Katendê.
Mestre Manoel, do Grupo de Capoeira Angola Ypiranga de Pastinha, afirmou que “A Capoeira Angola foi a que me abraçou no sentido de conhecer minhas raízes enquanto afrodescendente, como negro que tem uma raiz que não está plantada aqui no Brasil, está na África. Isso dá uma força a ponto de saber que você não é qualquer um na sociedade”.
A professora Mônica Ávila disse, em mesma entrevista, que “estamos vendo um avanço do fascismo nunca visto. Um candidato falar as coisas que Bolsonaro fala sem receber nenhuma repreensão, ele já fala até em metralhar e prender os adversários. O que eu sinto é que essa resistência é pra salvar o país. Foi esse fascismo que matou o Mestre Moa (…)”.
A capoeira foi por muito instrumento para enfrentar a repressão do regime, agora é preciso servir para enfrentar a extrema-direita; organizar comitês de autodefesa para revidar novas investidas da extrema-direita.