A candidata abutre pelo PCdoB, Manuela d`Ávilla, deu mais uma demonstração da sua política oportunista e de aliança com os setores direitistas e golpistas. Após posar ao lado e de mãos dadas com um dos principais articuladores do golpe de Estado no país, Paulinho da Força Sindical, durante o ato empresarial de 1º de maio promovido pela central dos patrões, a candidata do PCdoB agora postou no Twitter que era favorável à presença do tucano golpista, Geraldo Alckmin no palanque do ato contra a condenação do ex-presidente Lula ocorrido em Porto Alegre em janeiro desse ano, em nome de uma suposta “democracia”
“Eu lamento muito que eu tenha sido a única candidata ao lado do Lula em seus julgamento em Porto Alegre. Eu gostaria que o Alckmin estivesse, por exemplo. É uma questão de democracia”, foi o que declarou Manuela, em entrevista publicada em sua rede social. Talvez a candidata não saiba, mas Alckmin é um dos principais representantes dos setores golpistas do país, ou seja daqueles que vem destruindo todos os direitos e garantias dos trabalhadores, privatizando as empresas nacionais, perseguindo e pondo abaixo os direitos da população.
Alckmin não poderia estar em um palanque junto a Lula, pois ele junto ao judiciário golpista e toda a imprensa foram os principais articuladores da prisão do ex-presidente, por meio da campanha direitista contra o PT, impulsionando as mobilizações coxinhas e defendendo o processo arbitrário contra o ex-presidente. Geraldo Alckmin, que será candidato pelo PSDB, ao que tudo indica, será o candidato oficial do imperialismo, ou seja dos bancos e dos grandes monopólios internacionais. Para Manuela d`Ávila a democracia é ceder espaço para que um golpista como Alckmin possa falar e, consequentemente, fazer campanha contra a toda a esquerda e suas organizações.
O golpe de Estado acabou com o mínimo de democracia que havia no país. O que está colocado agora é luta de classes aberta entre aqueles que apoiaram e apoiam o golpe, ou seja, Alckimin, os grandes bancos e empresas internacionais, a imprensa, o judiciário e todas as instituições e aqueles que são contra o golpe, ou seja, o povo e suas organizações.
Propor uma aliança com os golpistas é fazer uma política de direita, se colocar ao lado daqueles que defendem o golpe. A posição correta de todos aqueles que querem fazer uma luta consequente contra os golpistas é mobilizar a população em defesa da liberdade do ex-presidente Lula e contra o golpe, por meio da formação dos comitês de luta em todas as cidades do país.
Apostar as fichas em candidaturas abutres, como a de Manuella, é abandonar a luta contra o golpe e favorecer o aprofundamento da destruição dos direitos no país.