Um ato de massas unificado pela libertação de Lula em Curitiba no 1º de maio – dia do trabalhador: a única possibilidade de luta contra o golpe que foge das ilusões institucionais e eleitorais.
A cada dia fica mais patente o caráter fraudulento do processo conduzido por Sérgio Moro – o Mussolini de Maringá – que levou Lula à prisão. O apartamento no Guarujá não era de Lula, as notas sobre reformas eram falsas, e sequer houve reformas no dito triplex da construtora OAS.
O poder Judiciário é o menos democrático da República: um punhado de juízes que jamais foi eleito por ninguém pode impedir uma liderança popular de concorrer à presidência da república. Uma associação entre o fim do foro especial para ex-chefes de estado e a lei da ficha limpa. Com a prisão de Lula, as portas do arbítrio estão abertas para a perseguição e criminalização das lideranças e organizações populares.
Naturalmente, setores confusos e direitistas de dentro da própria esquerda começam a abandonar a luta pela libertação de Lula, partindo do princípio de que não será possível sua candidatura à presidência. Lançaram-se então às especulações sobre o apoio a elementos confusos ou inexpressivos – como Manuela D’Ávila (PCdoB), Guilherme Boulos (PSOL) ou Ciro Gomes (PDT).
Seria uma completa capitulação. Implicaria atrelar os direitos fundamentais de um cidadão, de um ex-presidente, a interesses eleitorais transitórios: uma política própria dos golpistas. Além disso, o real caráter mobilizador da luta pela liberdade de Lula tem poder para mudar a correlação de forças entre o golpismo imperialista e a classe trabalhadora. Potencialmente, a luta pela liberdade de Lula pode servir como catalizador para a preparação de uma greve geral contra o golpe.
O 1º de maio – dia do trabalhador – é uma tradicional data de mobilização das organizações populares. Alguns setores da burocracia sindical vêm chamando atos nas capitais nesse sentido. Trata-se de um erro, da diluição da mobilização contra a prisão de Lula: uma posição capituladora.
Para de fato mudar a correlação de forças, o ato deve ser unificado em Curitiba. Esta foi a proposta da CUT e de outras organizações de esquerda, como o PCO: uma mobilização de grandes proporções na capital paranaense, reunida em torno da palavra de ordem liberdade para Lula.
Esse ato concentrado pressionará os golpistas pela efetiva liberdade para o ex-presidente e, mais que isso, eleva a consciência da classe trabalhadora mobilizada, auxiliando na construção de uma greve geral contra o golpe de estado.
Por isso, todas as energias devem ser apontadas para a articulação de caravanas rumo a Curitiba. Mas não basta aqui a ação espontânea dos militantes. Essas caravanas devem ser diretamente organizadas e financiadas pelas organizações de esquerda: sindicatos, partidos, movimentos populares. Para que essas entidades se movam, é necessário pressioná-las! Busque suas lideranças e exija delas a organização de caravanas pela libertação de Lula! Todos a Curitiba!