A Sérvia dificilmente receberá outra isenção dos Estados Unidos para as sanções que visam seu setor de petróleo devido à sua propriedade russa parcial, disse o presidente sérvio, Aleksandar Vucic, no domingo (6), acrescentando que a nação pode em breve enfrentar uma crise de combustível.
O Estados Unidos concedeu a Sérvia várias isenções temporárias de restrições adicionais que impôs em janeiro à companhia de petróleo NIS, na qual a russa Gazprom e a Gazprom Neft detêm juntas uma participação majoritária. A isenção mais recente, emitida em 1º de outubro, é válida por apenas uma semana.
Vucic disse na televisão nacional no domingo que acreditava que nenhuma prorrogação de última hora estava por vir, a menos que ele nacionalizasse a NIS – um caminho que ele disse estar relutante em seguir.
“Estamos trabalhando nisso há 10 meses, estamos tentando encontrar uma solução e ainda não há nenhuma”, disse o líder sérvio. Se uma crise se desenrolar, ele acrescentou, o país enfrentaria um aumento no preço da gasolina, mas a situação não seria tão terrível quanto na década de 19990, quando as pessoas tinham que “despejar combustível de garrafas ou baldes”.
A Sérvia resistiu à pressão para alinhar totalmente sua política externa com a da União Europeia, mesmo enquanto busca a adesão ao bloco. O bloco europeu e os Estados Unidos têm repetidamente pressionado a Sérvia para cortar seus laços energéticos com Moscou, um parceiro histórico fundamental. O governo Vucic também acusou as nações ocidentais de alimentar protestos em massa na Sérvia.
Vários estados da União Europeia, incluindo a Hungria e a Eslováquia, expressaram preocupações semelhantes sobre a pressão para rejeitar o petróleo russo. As tensões aumentaram no início deste ano depois que as forças ucranianas atacaram seções da rede de oleodutos Druzhba, que fornece petróleo para o leste da Europa.
Em janeiro, a Hungria e a Sérvia anunciaram que acelerariam a conexão dos consumidores sérvios ao sistema Druzhba.





