Copa do Mundo de Clubes

Botafogo vence PSG, campeão da Europa, em noite histórica

A partida, disputada no estádio Rose Bowl, em Los Angeles, foi vencida por 1 x 0, com gol de Igor Jesus

O Botafogo, atual campeão da América do Sul e do Campeonato Brasileiro, venceu o atual campeão europeu e da França, Paris Saint-Germain (PSG), na segunda rodada da Copa do Mundo de Clubes, competição inédita organizada pela FIFA entre os campeões continentais.

A partida, disputada no estádio Rose Bowl, em Los Angeles, foi vencida por 1 x 0, com gol de Igor Jesus, um dos melhores centro-avantes do mundo na atualidade. Mesmo com uma arbitragem pró-franceses, o Botafogo superou as adversidades e garantiu os três pontos.

A vitória foi, além de tudo, um gigantesco tapa na cara da imprensa vira-lata pró-imperialista, que ataca e despreza o futebol brasileiro. Os inimigos do futebol nacional previam uma derrota certeira do clube do Rio de Janeiro, dizendo que o Botafogo não teria condições de enfrentar (e muito menos vencer) o “todo-poderoso” PSG.

A Copa de Mundo de Clubes da FIFA, ao contrário, tem demonstrado que a “superioridade europeia”, na verdade, não passa de propaganda para favorecer os interesses dos capitalistas europeus. Até o momento, nenhum clube sul-americano (Palmeiras, Botafogo, Flamengo, Fluminense, Boca Juniors e River Plate) perderam na competição.

Na primeira rodada, Palmeiras e Fluminense jogaram melhor que Porto e Borússia Dortmund, apesar de ficarem no empate em 0 x 0. Boca Juniors, que está numa crise, empatou com o Benfica em 2 x 2 após abrir 2 x 0 no primeiro tempo.

Enquanto isso, o gigante português Porto perdeu, de virada, para o time de latinos aposentados do Inter Miami, estando virtualmente eliminado da competição; Palmeiras e Botafogo estão a um passo da classificação para as oitavas-de-final. O Alviverde empatou com o Porto e ganhou do egípcio Al-Ahly por 2 x 0; e o Botafogo venceu Seattle Sounders e PSG. Flamengo venceu sua primeira partida contra o Esperance e o River Plate venceu o Urawa Reds por 3 x 1.

Antes da vitória do Botafogo, a imprensa tratou de apresentar as boas exibições contra os europeus como resultado dos escretes do Velho Continente estarem em fim de temporada, preocupação que nunca tiveram com os clubes sul-americanos que iam disputar o Intercontinental no final do ano após mais de 70 partidas disputadas na temporada, o calendário mais movimentado do mundo.

Os quatro clubes brasileiros chegam nesse Mundial sendo as equipes que, de longe, mais disputaram partidas nos últimos 12 meses. Não bastasse isso, além dos europeus jogarem menos, percorrem menos distância. Como diria um internauta nas redes sociais, “vão de uber para jogo ‘fora de casa’”.

Portanto, qualquer justificativa desse tipo, em si, é fajuta. Mas, agora, não há desculpas. Depois de 12 anos, um time sul-americano volta a vencer um europeu numa competição mundial. E não qualquer um: o time campeão da Europa, apontado por todos como o melhor time do mundo no momento.

Por isso, a vitória do Botafogo é histórica. Mas, mais do que isso, é um cala boca para os detratores do nosso futebol. O Botafogo representou o Brasil inteiro, mas também os povos da América do Sul e todo o seu futebol, entrando em campo com nove jogadores brasileiros, um argentino e um venezuelano — entrando, depois, mais um argentino e um uruguaio.

O PSG teve o domínio da posse de bola, mas ficou no burocrático jogo de passes para o lado. Com 75% de posse, deu apenas dois chutes a gol. O Botafogo, com a bola em apenas um quarto da partida, ameaçou mais, com o dobro de chutes na meta adversária.

O único tento da partida foi uma verdadeira expressão da criatividade de nossos jogadores, com Igor Jesus limpando dois zagueiros adversários — inclusive, dois sul-americanos, um brasileiro e um equatoriano, pois apenas com jogadores estrangeiros os europeus conseguem montar times competitivos, soltando rios de dinheiro.

Igor, por sua vez, mostra que é um injustiçado. Ano passado, fez excelentes partidas pela Seleção Brasileira, salvando, com outros jogadores que atuam em solo nacional (Luiz Henrique e Gerson, principalmente), o escrete nacional de partidas catastróficas. Mesmo assim, deixou de ser convocado nesse ano.

Enfim, a verdade está para ser dita. O futebol brasileiro — mesmo com todas as dificuldades, sabotagens e o poder econômico estratosférico dos europeus — continua sendo o melhor do mundo. Esse, porém, é um debate complexo, ao qual já abordamos em outras matérias neste Diário, na revista Zona do Agrião e no programa homônimo da Causa Operária TV (COTV).

Fica aqui nossa comemoração pela vitória do Glorioso. Que venham mais! Nesta sexta-feira, 20, o Flamengo enfrentará o Chelsea, da Inglaterra. Estaremos na torcida pelo rubro-negro, assim como por todos os sul-americanos, árabes e africanos que disputam a competição contra os poderosos clubes do imperialismo europeu.

Como disse o volante Allan, do Botafogo, após a partida: é preciso parar de cair na propaganda enganosa, achar que os nossos clubes são fracos e os europeus muito mais fortes.

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