Palestina

Barco Madleen é invadido e ativistas sequestrados por ‘Israel’

Previsto para chegar nesta segunda-feira a Gaza, o barco com ajuda humanitária e 12 ativistas de vários países, incluindo o Brasil, foi interceptado pelo sionismo

Nesta segunda-feira, dia 9 de junho, estava prevista a chegada do barco Madleen, com ajuda humanitária, à Faixa de Gaza. Parte da chamada Coalizão Flotilha da Liberdade, conjunto de organizações que tem por objetivo acabar com o cerco a Gaza, a viagem do Madleen iniciou dia 1 de junho, a partir da Itália. Já são mais de três meses de bloqueio. Neste domingo (8), o navio perdeu o sinal, e foi embarcado por tropas israelenses.

O navio levava a bordo 12 ativistas, entre os quais o brasileiro Thiago Ávila, a ativista sueca Greta Thunberg, a francesa e membro do Parlamento Europeu Rima Hassan, e outros de Alemanha, Espanha, Países Baixos e Turquia, sendo um total de seis franceses. A carga de ajuda humanitária continha fórmula infantil, farinha, arroz, fraldas, produtos sanitários femininos, kits de dessalinização de água, suprimentos médicos, muletas e próteses infantis.

No dia 2 de maio deste ano, outro navio da coalizão, o Conscience, sofreu dois ataques por um drone, em águas internacionais próximo à Malta.

Em 2010, durante tentativa semelhante, 10 ativistas foram mortos pelas forças sionistas ao se recusarem a mudar o curso do navio nas proximidades da Palestina ocupada.

No domingo (8), o ministro da Defesa de “Israel”, Israel Katz, disse em um comunicado:

“Instruí as IDF a agirem para que o Madleen não chegue a Gaza. Para a antisemita Greta e seus amigos, eu digo claramente: Vocês devem voltar, porque não chegarão a Gaza.”

“O Estado de Israel não permitirá que ninguém viole o bloqueio naval a Gaza, cujo objetivo principal é impedir a transferência de armas para o Hamas, uma organização terrorista assassina que mantém nossos reféns e comete crimes de guerra.”

Durante a tarde, neste domingo, Thiago Ávila denunciou nas redes sociais e pela página da empreitada que o rastreador do navio estaria sendo embaralhado, e a localização do navio de repente mostraria como estando no aeroporto da Jordânia, e não mais no mar a 162 milhas de Gaza. O uso de bloqueadores de sinal é comum antes de interceptações, e ocorreu faltando apenas um dia para o destino.

À noite no domingo, cerca de 19h30 no horário de Brasília, o ativista denunciou em vídeo, e vestindo colete salva-vidas, que o navio estaria sendo cercado por embarcações das forças de “Israel”, e soou o alarme. Próximo das 20h, Ávila gravou outro vídeo, dizendo que as embarcações circularam o barco, e depois seguiram adiante, sem se identificarem. Para os ativistas, parece ter sido apenas uma manobra de guerra psicológica.

Ávila denunciou que as informações vindas da imprensa israelense são de que as FDI saíram do porto de Ashdod rumo a um ataque ou a uma interceptação. Pelo escuro da noite, com nuvens no céu, os ativistas especularam que poderia se tratar de uma manobra para aproximação por trás com as luzes das embarcações desligadas, de modo a impedir que os ativistas se antecipassem a uma abordagem.

Caso o navio conseguisse atingir o objetivo, um corredor humanitário estaria aberto. Era esse o objetivo dos ativistas.

Às 20h40, Thiago Ávila publicou um vídeo denunciando que o navio estava sendo sobrevoado por drones do tipo quadricóptero, o mesmo tipo que bombardeou o navio Consciense há um mês, e pedindo para os outros tripulantes se abrigarem no interior da embarcação. Na sequência, em outro vídeo, de dentro do barco, os ativistas denunciaram que objetos e uma substância branca estavam sendo atirados contra o navio. Em mais um vídeo, os ativistas denunciaram que o rádio do navio estava sendo embaralhado, e demonstraram a falta de sinal ao tentar utilizar o rádio.

Às 21 horas, o Madleen perdeu sinal e foi embarcado pelo exército israelense.

Os doze ativistas estão atualmente sequestrados e, até o final deste artigo, seu paradeiro é desconhecido.

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