Uma das importantes consequências da Operação Dilúvio de al-Aqsa, deflagrada em 7 de outubro de 2023, foi o de ter revelado quem realmente está do lado dos oprimidos e quem apenas faz demagogia. A nova etapa do conflito entre israelenses e palestinos colocou a grande imprensa, a direita nacional, os sionistas e os bolsonaristas todos no mesmo saco de inimigos do povo brasileiro.
É o caso, por exemplo, da Rede Globo e da Folha de S. Paulo. Ambos procuravam se mostrar como “antifascistas” e “antibolsonaristas”, mas se revelaram defensores número um do assassinato de crianças na Faixa de Gaza e da perseguição contra todos aqueles que se levantam contra a entidade sionista.
O que acontece em Gaza não fica restrito ao Oriente Médio, tem impacto direto em todo o mundo. Inclusive na luta política em cada país do mundo. Por isso, a polarização entre o povo palestino e os cúmplices do genocídio acabou por intensificar a polarização em todo o mundo, inclusive no Brasil.
É por isso que, após a fala de Lula comparando o genocídio em Gaza ao tratamento dado pela Alemanha Nazista aos judeus, a imprensa aumentou e muito a sua ofensiva contra o governo. Desde lá, os colunistas e editoriais da imprensa não perderam uma única oportunidade de voltar seus canhões contra o governo brasileiro.
Não houve uma única exceção. Enquanto os povos do mundo saudaram a declaração de Lula, a imprensa burguesa de conjunto o criticou. E mesmo passado o acontecimento, continuaram as críticas e as calúnias.
Depois da fala de Lula na Etiópia, a imprensa passou a caluniar Lula por seu apoio ao governo venezuelano. Isto é, por sua recusa em apoiar um golpe de Estado no país vizinho. E, agora, com a crise instaurada após Lula tentar frear a roubalheira dos acionistas da Petrobrás, a imprensa também caiu em cima.
O caso mostra que, com o aumento da polarização política, a posição da burguesia frente ao governo vai evoluindo cada vez mais para uma oposição total. É preciso reagir intensificando ainda mais a polarização, mobilizando o povo para acuar os seus inimigos.