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Imprensa burguesa

Um lambe-botas do imperialismo e defensor do genocídio

Merval Pereira sai ao ataque contra Lula

Em seu artigo Declaração de Lula é erro brutal, histórico, ideológico e diplomático, publicado pelo jornal O Globo, Merval Pereira, porta-voz da Família Marinho, saiu ao ataque contra o presidente Lula, que, em declaração recente na Etiópia, comparou as ações de “Israel” contra os palestinos às ações da Alemanha Nazista contra os judeus.

O texto começa afirmando que “a única maneira de Israel voltar atrás na declaração de que Lula é persona non grata seria o Brasil pedir desculpas, mas não acredito que isso possa acontecer”. Logo de cara, Merval Pereira revela toda a sua subserviência ao imperialismo e ao sionismo. Para ele, a grande questão seria fazer “Israel” retirar o rótulo de persona non grata do presidente brasileiro, independentemente do motivo que tenha levado a isso. Ao considerar que o Brasil deveria pedir desculpas, Merval Pereira é claro: o Brasil deve se humilhar perante “Israel”, pois que se trata de um país aliado dos Estados Unidos. O Brasil não teria o “direito” de desagradar Washington. Se há algo de ruim na relação entre Brasil e um aliado dos EUA, para Merval, necessariamente, por princípio, é o Brasil que está errado.

Em sua necessidade de defender os EUA a todo custo, como sempre fez, Merval afirma que: “é evidente que foi um erro brutal de diplomacia, histórico e ideológico”. O erro “diplomático” é, como já assinalamos, não pedir permissão a Joe Biden para criticar “Israel”. Para o porta-voz da Família Marinho, é mais importante ser elogiado pelos Estados Unidos que se insurgir contra um genocídio que já matou mais de 30 mil pessoas.

Já o erro “histórico” viria do seguinte: “se fizer uma comparação rápida dos milhões assassinados inequivocamente para exterminar os judeus com o que está acontecendo hoje não é possível aceitar uma declaração desta. O Presidente da República tem que ter, ou mais conhecimento histórico, ou mais responsabilidade cada vez que abre a boca”.

Ainda que o que Merval Pereira diz fosse verdade, já seria um espetáculo criminoso de cinismo. Suponhamos que não fosse possível comparar o holocausto da Segunda Guerra com o morticínio dos palestinos. Faz realmente sentido se preocupar mais com a palavra que Lula usou com o fato de que ele está denunciando uma série de crimes de guerra?

Não bastasse isso, a comparação é, sim, devida. “Israel” leva adiante um processo de limpeza étnica, de extermínio de todo um povo. Em 75 anos, “Israel” foi responsável por gerar seis milhões de refugiados palestinos pelo mundo. E a guerra, ainda que tenha matado menos judeus que na Segunda Guerra Mundial, já adquiriu todas as características do nazismo: “Israel” usa armas químicas, ataca civis, hospitais, mulheres, crianças etc. Em resumo, é um espetáculo monstruoso.

Por fim, a questão ideológica, que teria a ver com o Hamas: “no momento em que você se torna defensor das ações do Hamas, a ponto de ser elogiado numa declaração formal do grupo terrorista, está prejudicando os palestinos que não têm nada a ver com terrorismo. Mistura alhos com bugalhos de uma maneira absurda e com consequências graves”.

Aqui, Merval Pereira se refere ao fato de que o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) agradeceu à fala do presidente Lula. O que é absolutamente normal: na ausência de um exército palestino, o Hamas é a organização militar que está comandando a resistência contra o genocídio promovido pelo sionismo. O Hamas é, neste momento, a organização que melhor representa os interesses do povo palestino. Se Lula critica o genocídio, nada mais normal que ser elogiado pelo Hamas.

Mas a preocupação de Merval Pereira com o Hamas revela algo mais. Para ele, se insurgir contra um genocídio é “terrorismo”. E é justamente aqui que está o problema: o porta-voz da Família Marinho se incomodou tanto com a fala de Lula porque, no final das contas, ao ser um lambe-botas do imperialismo norte-americano, ele defende, em todos os aspectos, o massacre de “Israel” contra os palestinos.

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