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'Israel'

Um apologista cínico da matança de civis

Mais de 22 mil mortes – das quais 70% são crianças e mulheres – seria uma ação “não apenas legítima mas também justa", segundo o cinismo de lobista sionista

Em uma série de publicações no X, o lobista sionista André Lajst procura apresentar uma desculpa para os crimes cometidos por “Israel”, que, segundo Lajst, visam “criar um futuro de paz, segurança e coexistência para israelenses e palestinos”. Decidido a produzir propaganda para tolos, o sionista prossegue informando que, “se os objetivos militares de Israel forem alcançados, um futuro melhor para ambos os povos será uma realidade mais próxima”, sem sequer dar-se ao trabalho de explicar como o assassinato em massa de crianças trará o mundo cor-de-rosa defendido.

Conforme Lajst, mais de 22 mil mortes – das quais 70% são crianças e mulheres – seria uma ação “não apenas legítima mas também justa, apesar de suas consequências negativas”, uma vez que “Israel quer assegurar que o Hamas e outros grupos armados da região não terão mais a capacidade de atacá-lo e fazer mal aos seus cidadãos”. Essa seria a razão pela qual as forças sionistas estariam “tomando medidas necessárias e legítimas para resgatar os reféns e garantir que a Faixa de Gaza não será mais uma base militar para terroristas”.

Apesar de declarar que “Israel não visa ocupar a Faixa de Gaza ou forçar um deslocamento permanente da população civil local”, e “tampouco realizar um genocídio ou fazer uma limpeza étnica”, esta é a única medida concreta coerente com o objetivo de “garantir que a Faixa de Gaza não seja uma base militar”. Finalmente, em sua luta contra a realidade, o autor pode especular livremente sobre o que o comando israelense visa ou não, mas o fato é que genocídio é exatamente o que os sionistas estão fazendo.

É de conhecimento público o fato de os grupos guerrilheiros palestinos encontrarem-se em uma complexa rede de túneis, de modo que os únicos atingidos pelos bombardeios incessantes cometidos por “Israel” e defendidos por Lajst são aqueles que não estão com os grupos armados: a população civil. A despeito da verdadeira loucura que acometeu o propagandista ao dizer que o Estado sionista não “visa um genocídio”, as operações militares israelenses tratam-se flagrantemente de um extermínio contra a população civil palestina.

O porta-voz do sionismo chama a reação israelense ao 7 de outubro de “contra-ofensiva militar no enclave palestino”, tendo, contudo, o cuidado de tratar como meras e abstratas “consequências negativas” o fato de só o povo palestino morrer nos ataques dos militares de “Israel”. Ao enfrentar os guerrilheiros do Hamas e demais partidos da luta pela libertação da Palestina, as Forças de Defesa de “Israel” revelam que realmente só conseguem matar civis desarmados, sendo incapazes de fazer frente aos heroicos revolucionários palestinos.

Após mais de 80 dias de conflito, onde esta situação ficou explicitada, tornou-se também evidente o fato de a estratégia da “contra-ofensiva militar” sionista não ser enfrentar os guerrilheiros, mas matar o maior número de civis para, com isso, debilitar os movimentos armados e diminuir a força da reação árabe à ditadura de “Israel”. Mesmo para os padrões do que o próprio imperialismo estabeleceu como crimes de guerra nas convenções de Genebra, a reação israelense não apenas é ilegítima, mas também criminosa.

No meio de tantos caracteres de propaganda sionista para idiotas, em uma coisa Lajst acerta: ao afirmar que o Hamas, o governo do Irã, Hesbolá no Líbano e os Hutis no Iêmen são “uma ameaça não apenas para Israel, mas também para a estabilidade do Oriente Médio como um todo”. De fato, são, e isso é ótimo. A estabilidade defendida pelo autor implica, acima de tudo, na estabilidade da ditadura imperialista contra os povos oprimidos da região.

Com apoio do Irã, o que os demais partidos estão fazendo é justamente levar crise ao sistema de dominação que esmaga o povo árabe e se sustenta em governos profundamente ditatoriais, dispostos a qualquer negócio para benefício próprio. Lajst defende a estabilidade desse modelo pelo simples fato dele beneficiar o imperialismo, mas de modo algum os povos oprimidos dos países do Mundo Árabe.

Seria mais honesto da parte do lobista assumir a causalidade entre “garantir que a Faixa de Gaza não será mais uma base militar para terroristas” (leia-se, para a resistência palestina) e o que ele chama de “consequências negativas” da medida, ou seja, a matança indiscriminada de civis. Como não é a verdade que move Lajst, mas, acima de tudo, a manutenção dos crimes de “Israel”, o dono da seção brasileira da ONG sionista StandWithUs fala qualquer coisa minimamente capaz de ser usada como uma defesa do sionismo.

“Um futuro melhor para ambos os povos” conquistada por “Israel”, como defende Lajst, não é nada além de cinismo. Após quase 76 anos de uma ocupação brutal e nazista, a única forma de se obter um futuro melhor para os povos que habitam a Palestina é erradicar o Estado sionista e restabelecer a nação palestina, democrática e multinacional, com os palestinos e judeus coexistindo sem a ditadura de “Israel” sustentada pelo imperialismo. Qualquer outra solução é apenas uma manobra para manter a selvageria direcionada ao povo árabe, tanto na Palestina, quanto nos demais países.

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