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Rússia

Ucrânia perdeu 90% da produção energética e não tem perspectivas

A situação da Ucrânia é cada vez mais crítica, nem as ajudas de dezenas de bilhões de dólares conseguem sustentar o regime moribundo de Vladimir Zelenski

No dia 24 de fevereiro de 2022, a Rússia lançou a Operação Militar Especial, visando a desmilitarização e desnazificação da Ucrânia. Passados mais de dois anos da guerra, a Ucrânia está em uma crise militar e política irreversível. Com a escassez de voluntários da pátria, a Ucrânia, que desde o início utilizou de forças mercenárias com o apoio financeiro da Europa e dos EUA, está pedindo ajuda a tropas dos países europeus. Segundo dados recentes, presente no relatório do Ministro da Defesa russo, este ano os ucranianos obtiveram uma perda de 111.000 soldados.

Intervenção europeia

Alguns Estados-membros da OTAN, já estão preparando suas tropas para intervir diretamente na guerra, disse a Primeira-Ministra da Estônia, Kaja Kallas. Segundo Kallas, isso não levaria a um conflito direto com a Rússia, já que, os soldados “estão fazendo isso por conta própria”, insistiu a Kaja Kallas em entrevista ao Financial Times na segunda-feira (20). Em contrapartida, a porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, respondeu pedindo a líder estoniana a informar o público sobre os aspectos menos agradáveis dessas missões.

“Algumas nações já estão recuperando seus treinadores. Mas elas permanecem em silêncio sobre isso. Espero que a corajosa Kaja dê os detalhes,” escreveu ela nas redes sociais.

Kallas é uma defensora fanática do esforço de guerra da Ucrânia contra a Rússia e tem criticado constantemente os políticos dos países imperialistas que hesitam a prestar ajuda militar à Ucrânia. Sua afirmação de que o envio de instrutores da OTAN para a Ucrânia não resultaria em um confronto direto, baseou-se no fato de esse pessoal militar não está coberto pela cláusula de proteção mútua do artigo 5 da aliança.

“Eu não posso imaginar que se alguém se machucar lá, aqueles que enviaram suas pessoas dirão ‘É o Artigo 5. Vamos bombardear a Rússia.’ Não é assim que funciona. Não é automático,” ela explicou na entrevista ao Financial Times.

“Se você envia suas pessoas para ajudar os ucranianos você sabe que o país está em guerra e você vai para uma zona de risco. Então você assume o risco,” acrescentou.

O caso Zelenski

Na segunda-feira (20) também oficialmente acabou o mandato do presidente ucraniano Vladimir Zelenski. “Ele desprezou a constituição de seu ‘país,’ ignorou o Tribunal Constitucional e não apenas prorrogou, mas usurpou o poder supremo,” afirmou o ex presidente russo Medvedev, acrescentando que Zelenski “se cobriu com uma declaração inarticulada da Verkhovna Rada (o parlamento ucraniano) sobre a abolição das eleições presidenciais em tempos de guerra”.

Além disso, o político russo, chamou atenção a crise política interna no regime político ucraniano:
O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, disse recentemente que “um momento chegará em breve em que muitas pessoas, incluindo aquelas dentro da Ucrânia, questionarão a legitimidade [do presidente Zelensky].”

A questão da energia

Além das crises militares e políticas, soma-se ao cenário catastrófico da Ucrânia a crise econômica, em especial, a crise energética. Segundo o ex-ministro da infraestrutura, Aleksei Kucherenko, 90% da capacidade de geração de energia ucraniana, foi destruída pelos russos.

“Perdemos cerca de oito mil megawatts de eletricidade, isso é muito, dos quais apenas 800 estão atualmente em funcionamento,” disse ele, citando engenheiros de energia e alertando sobre extensas quedas de energia durante o verão e o inverno.

Moscou começou a atacar a infraestrutura energética ucraniana no outono de 2022, após a ponte da Crimeia ter sido bombardeada em outubro. Em abril, o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que os ataques da Rússia a instalações de energia “afetam diretamente a indústria de defesa da Ucrânia”, chamando-os de parte dos esforços de “desmilitarização”. O presidente russo chama atenção para o esforço do exército russo em atacar somente alvos militares e nunca à população civil.

Para aliviar a crise, os ucranianos introduziram apagões temporários para consumidores industriais e domésticos em todas as regiões, aumentando também as importações de eletricidade de países vizinhos da UE – Romênia, Polônia, Eslováquia, Moldávia e Hungria. No início do mês, o ministro da Energia ucraniano, German Galushchenko, afirmou que as perdas financeiras combinadas dos ataques russos ultrapassaram US$ 1 bilhão e estipulou que a cifra aumentará. A população está sendo obrigada a estocar carregadores portáteis.

A OTAN caminha em direção à derrota ou leva o mundo em direção à guerra generalizada. As diversas crises na Ucrânia indicam a sua profunda derrota, somadas as crises econômicas, políticas e militares ou forçará os países imperialistas a intervirem diretamente no conflito militar, o que escalaria para uma guerra generalizada.

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