Faixa de Gaza

Soldados sionistas atiram contra palestinos que buscavam comida

Forças de ocupação dispararam contra caminhões de ajuda humanitária que levavam alimentos para os palestinos

Apurações mostram que, nesta segunda-feira (19), “Israel” efetivamente disparou contra palestinos que se aproximavam de caminhões de ajuda humanitária que carregavam alimentos, água e remédios em Gaza. Imagens verificadas pelo jornal do Qatar, Al Jazeera, mostram centenas de palestinos na Cidade de Gaza, na parte central do enclave sitiado, correndo para pegar itens alimentares entregues pelas Nações Unidas em caixas na parte de trás dos caminhões enquanto tiros são disparados.

Caso semelhante já havia ocorrido anteriormente, no início de fevereiro, onde a imprensa sionista de “Israel” veiculou notícias falsas afirmando que quem havia disparado contra os suprimentos eram militantes do Hamas. O caso foi desmentido, e foi confirmado que quem disparou para dispersar palestinos foi a própria Força de Ocupação Israelense.

Em declaração à Al Jazeera, um palestino disse que as pessoas estão sem os bens básicos necessários para a sua sobrevivência. “Eles vieram aqui para encontrar algo, pelo menos um pouco de farinha. As pessoas colocam suas vidas em perigo por pequenas coisas para suas famílias. Estamos abaixo de zero, não há nada, eu garanto que as pessoas vão morrer de fome”.

Outro caso de destaque é que barcos de guerra israelenses têm disparado contra barcos de pesca palestinos, conforme imagens do dia 16 de fevereiro mostram. As imagens também mostraram como barcos de guerra israelenses abriram fogo contra pequenos barcos palestinos que estavam tentando pescar ao largo da costa de Gaza. “Sob o bloqueio israelense [antes da guerra], os palestinos costumavam poder pescar até 37 km [23 milhas] no mar, mas não mais”, disse Tareq Abu Azzoum, da Al Jazeera, relatando de Rafá, no sul de Gaza.

Tais ações ameaçam uma fonte vital de alimentos na pequena região, onde apenas um número limitado de caminhões de ajuda foram permitidos de passarem, número este considerado pelas organizações humanitárias como inferior ao necessário. Segundo dados da ONU, a fome generalizada já afeta 2,3 milhões de palestinos que vivem na Faixa de Gaza. A desesperança também está crescendo no campo de refugiados de Jabalia, no norte de Gaza, onde os moinhos de farinha pararam.

“Não há trigo. O preço de um saco de trigo hoje ultrapassou 3.000 shekels, ou mais de US $ 1.000”, disse um palestino que opera um moinho de farinha na área, em declaração ao Al Jazeera.

“Israel” e suas forças de ocupação, incapazes de efetivamente atingir a resistência armada, tem tido como alvos preferenciais os civis. Após bombardeios que se seguiram de norte a sul de Gaza, isolando aproximadamente 1,4 milhão de palestinos em Rafá, fronteira com o Egito, deslocados por ataques israelenses anteriores, a promessa do ministro Yoav Gallant, da Segurança, é um ataque intenso contra Rafá, afirmando que ali seria o “último refúgio do Hamas”.

Diante disto, centenas de palestinos começaram a fugir de Rafá nos últimos dias, enquanto “Israel” permanece firme em sua promessa de atacar, mesmo com pressão do imperialismo para não atacar a cidade por conta do enorme número de civis refugiados no local.

O ministro do gabinete de guerra de “Israel”, Benny Gantz, alertou no domingo que, se os prisioneiros mantidos em Gaza não forem libertados nas próximas semanas, “Israel” ampliará sua ofensiva no sul de Gaza e avançará sobre a cidade de Rafá. Mais de 100 prisioneiros permanecem em Gaza e as negociações para sua libertação até agora fracassaram. Benjamin Gantz, que é um dos representantes da extrema-direita no país, declarou no domingo, em uma conferência de líderes judeus americanos em Jerusalém: 

“O mundo deve saber, e os líderes do Hamas devem saber – se até o Ramadã nossos reféns não estiverem em casa, a luta continuará em todos os lugares, incluindo a área de Rafá”.

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