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América Latina

Sionismo está por trás de golpe na Venezuela, diz Maduro

Todas as organizações de direita e extrema-direita que atuam na Venezuela são financiadas pelo “sionismo global”

O presidente reeleito da Venezuela, Nicolas Maduro, deu uma entrevista para o sítio palestino Al Mayadeen, onde ele fala sobre o enfrentamento que ele está tendo com o imperialismo durante este período pós-eleitoral na Venezuela. Há muito em comum entre a luta do povo venezuelano e a luta do povo palestino. Nesse sentido, é natural que Maduro se reporte a um veículo de imprensa palestino para denunciar os crimes do imperialismo.

Uma importante denúncia feita pelo presidente venezuelano é a de que todas as organizações de direita e extrema-direita que atuam em seu país são financiadas pelo “sionismo global”. Além de dizer que a vitória eleitoral por ele obtida no dia 28 de julho é a “maior prova do que um povo pode fazer por sua independência, dignidade e futuro”. 

Paralelamente, durante uma coletiva de imprensa, Maduro afirmou que os EUA estão armando um golpe na Venezuela para emplacar um Guaidó 2.0. Na mesma ocasião, ele também destacou que a Venezuela foi convidada para a cúpula do BRICS, que irá ocorrer em Kazan, na Rússia, no mês de outubro.

A fala de Maduro é importante no sentido de demonstrar ao mundo o verdadeiro sentido da pressão que o imperialismo faz sobre o governo venezuelano. Trata-se do mesmo grupo político que apoia e financia o genocídio sobre o povo palestino. Se dependesse do imperialismo norte-americano, ele realizaria esse mesmo genocídio contra o povo da América Latina. Apenas não o fazem porque as condições políticas não permitem que esse crime seja levado adiante.

Além disso, é sempre importante lembrar que o chavismo é um apoiador de longa data da resistência palestina. Há de se lembrar a citação de Hugo Chávez, “Maldito seja o estado de Israel”, e todo o apoio dado por Maduro para os palestinos no período mais recente. 

O povo latino-americano deve se unificar em torno da luta contra o imperialismo, da mesma forma que os companheiros palestinos enfrentam de forma valente os sionistas. Tanto o povo venezuelano quanto o palestino são exemplos a serem seguidos por todos os oprimidos que buscam se levantar contra o domínio criminoso do imperialismo. 

A entrevista de Maduro ao Al Mayadeen é representativa da aliança entre dois diferentes povos oprimidos pelo sionismo e pelo imperialismo. A denúncia do presidente venezuelano está num contexto de muitos outros crimes perpetrados pelo sionismo e pelo imperialismo no mundo. A intervenção na soberania dos países atrasados e a repressão de seu povo é parte fundamental da ação dos “donos do mundo”.

Não é a primeira vez que o imperialismo busca desestabilizar a situação política na Venezuela. Na verdade, em todas as eleições do país, há uma nova tentativa de golpe financiada por Washington. A referência a “Guaidó 2.0” mostra que algumas das manobras do imperialismo, inclusive, já estão se tornando repetitiva e previsíveis. A unidade entre os povos latino-americanos e palestinos contra o imperialismo é fundamental e é parte da evolução de consciência da classe operária mundial. 

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