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Cisjordânia

Resistência descobre infiltrados em Jenin e confrontos se iniciam

Até o dia 22, 10 pessoas foram assassinadas por 'Israel', incluindo duas crianças, após infiltrados israelenses serem descobertos no campo de refugiados da cidade palestina

As forças sionistas de “Israel” realizam uma invasão ao território ocupado da Cisjordânia desde a última terça-feira (21), responsável, até agora, pela morte de um professor, dois adolescentes de apenas 15 anos e um cirurgião, entre nove palestinos assassinados durante ataque na cidade de Jenin. A ocupação sionista enviou tropas para a cidade palestina após forças especiais infiltradas no campo de refugiados serem confrontadas por combatentes palestinos. Ainda na segunda-feira (20), o canal no Telegram Resistence News Network (RNN) informava das tentativas empreendidas pela Resistência Palestina para expulsar os invasores, como mostra o vídeo abaixo:

Segundo o RNN, o vídeo foi produzido pela organização Brigada Saraya Al-Quds – Brigada de Jenin, braço militar do partido xiita Jiade Islâmica. O órgão publicou ainda o anúncio do partido palestino, informando que a operação visava “postos de controle e assentamentos” sionistas, sendo parte das batalhas iniciadas na operação “Dilúvio de Al-Aqsa”:

“Como parte da batalha do Dilúvio de Al-Aqsa e em resposta ao assassinato do líder da Brigada Saraya Al-Quds – Brigada de Jenin

Nossos combatentes conseguiram atingir vários postos de controle e assentamentos nos arredores da cidade de Jenin com pesadas barragens de balas, causando baixas e danos diretos.”

Na terça-feira, o mesmo grupo anunciou em nota divulgada também no RNN ter descoberto a infiltração de forças sionistas na cidade, informando ainda a realização de “violento confronto” com “Israel”. “Nossos combatentes”, diz a nota, “revelaram uma infiltração de forças especiais nos arredores do campo [de refugiados de Jenin] e estão se engajando em um violento confronto com as forças de ocupação, com pesadas e sucessivas trocas de tiros”, informou a organização da Jiade Islâmica.

A resposta de “Israel” foi o padrão adotado pelas forças sionistas: o assassinato de civis, em tentativa de aterrorizar os palestinos e arrefecer a disposição de luta da Resistência Palestina. No mesmo dia 21, RNN informava que “ferozes confrontos armados começaram há cerca de uma hora (6h25 no horário de Brasília) entre os combatentes da resistência e a IOF [sigla em inglês para Forças de Ocupação de ‘Israel’] que invadiu o campo de Jenin”. O órgão informa ainda que “a IOF anunciou uma operação militar no campo [de refugiados]” e que “foi registrado um grande número de mártires e feridos”.

Ao final da terça-feira, pelo menos sete palestinos foram assassinados por “Israel”, cuja incursão ilegal no território palestino deixou nove feridos por disparos em Jenin. Entre as vítimas estão o Dr. Osayd Kamal Jabareen, chefe do departamento de cirurgia do Hospital Governamental de Jenin, alvo de tiros efetuados nas proximidades do hospital.

A organização humanitária Crescente Vermelho Palestino (parte da Cruz Vermelha Internacional) denunciou que as forças israelenses impediram o acesso ao local do conflito pelas equipes médicas, proibidas de tratar os feridos na área de Al-Ghabz durante a invasão do campo de Jenin. Conforme as fotos abaixo, ambulâncias mantidas pela entidade foram alvejadas por disparos efetuados pelos sionistas:

Entre as vítimas da ofensiva israelense, estão um professor assassinado no interior de seu carro e jovens estudantes do ensino básico. Outros alunos foram feridos, segundo informe da RNN.

Ao longo do dia 22, mais três pessoas foram assassinadas por “Israel”, totalizando em 10 o número de mortos, principalmente jovens palestinos. Porém, os combates prosseguiram, com os confrontos contra as forças invasoras concentrando-se nas cercanias do Hospital Governamental de Jenin, outro padrão de ação israelense criminoso, de usar instalações médicas como bases, tal como falsamente acusa a Resistência Palestina de fazer.

Em seu canal oficial no Telegram, as Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa informaram terem realizado ao menos 20 operações na Faixa de Gaza e na cidade de Jenin, na Cisjordânia, incluindo “confrontos ferozes e ataques a grupos de veículos do exército inimigo sionista com morteiros” e ataque a “um tanque sionista com um projétil de RPG na área de Tal Al-Zaatar, no norte da Faixa de Gaza, resultando em muitas mortes e ferimentos entre as fileiras do exército inimigo”.

Também em nota, os Comitês da Resistência Popular lembraram que os crimes de “Israel” contra o povo palestino contam com o apoio fundamental do imperialismo e que “esses nazistas [os sionistas] são apoiados pelos EUA e pelo injusto Ocidente”. Leia a nota dos Comitês abaixo:

“Lamentamos os heroicos mártires de Jenin que sacrificaram suas vidas nesta manhã durante a agressão sionista à cidade de Jenin e seu campo de refugiados. Afirmamos que os crimes do inimigo não estarão sujeitos a um estatuto de limitações, e o sangue dos mártires continuará sendo uma maldição que assombra os criminosos sionistas em todos os lugares e em todos os momentos.

O ataque e o assassinato de médicos, professores e estudantes em Jenin confirmam clara e inequivocamente que o assassinato de médicos, professores e crianças se tornou uma prática sistemática das gangues nazistas sionistas, o que exige que todas as pessoas livres do mundo e da nação levantem suas vozes em alto e bom som contra esses nazistas, que são apoiados pelos Estados Unidos e pelo injusto Ocidente.

Saudamos os heroicos combatentes da resistência e os mujahedin em Jenin e na cidade de Tubas, que estão infligindo a morte ao inimigo sionista e a seus soldados nazistas, confrontando seus veículos e soldados e derrotando-os, escrevendo os mais magníficos épicos de heroísmo, redenção e sacrifício.

Conclamamos todo o nosso povo, nossos bravos combatentes da resistência e nossa juventude revolucionária livre na orgulhosa Cisjordânia, em Al-Quds e no interior da Palestina a intensificar a resistência, a intifada e a revolução em cada centímetro de nossa terra. Ataquem o inimigo e seus criminosos rebanhos de colonos em todos os lugares e façam de nossa terra um inferno de fogo sob os pés dos invasores sionistas.”

Já a Jiade Islâmica publicou no Telegram uma nota, informando também os “confrontos ferozes” desencadeados em Jenin após a descoberta da infiltração sionista no campo de refugiados. Segundo o informe do partido xiita, “o confronto ainda está em andamento”:

“Desde as primeiras horas da manhã, nossos combatentes da Brigada Saraya Al-Quds – Jenin têm se envolvido em confrontos ferozes após a descoberta de uma tentativa de infiltração de soldados inimigos nos arredores do campo de Jenin, resultando em vários mártires e feridos. O confronto ainda está em andamento.

Afirmamos que não hesitaremos em cumprir nosso dever de defender nosso povo e nossa terra por todos os meios disponíveis e continuaremos a nos envolver com o exército inimigo, que está expandindo sua agressão contra nosso povo na Cisjordânia e em Gaza, cometendo mais crimes de guerra. Esses confrontos só aumentarão nossa determinação de continuar a resistência e o confronto até que a vitória seja alcançada e a ocupação, seja expulsa.

De fato, é a jiade da vitória ou do martírio.”

Por fim, o partido do governo palestino no exílio, Movimento de Resistência Islâmica (Hamas, na sigla em árabe), também publicou nota no Telegram denunciando “o massacre no campo de Jenin”, denunciando os “padrões duplos que governam o trabalho das instituições internacionais”:

“O massacre da ocupação em Jenin não deterá a determinação do nosso povo, e nossa resistência na Cisjordânia continua a se intensificar apesar dos sacrifícios

Afirmamos que o massacre da ocupação no campo de Jenin nesta manhã, que resultou no martírio de 7 cidadãos e no ferimento de vários outros, alguns em estado crítico, é uma tentativa desesperada da ocupação para deter nosso povo heroico e nossa valente resistência. Isso continua a série de crimes da ocupação de assassinato, cerco e fome em Rafá, Jabalia e várias áreas da Faixa de Gaza.

Enquanto lamentamos os mártires e estendemos nossas condolências às suas famílias, enfatizamos que os crimes contínuos da ocupação contra nosso povo em Gaza e na Cisjordânia não enfraquecerão a determinação do nosso povo firme. Esses crimes não deterão a resistência do nosso povo e sua persistente busca pela libertação de sua terra, santidades e pela conquista de seus direitos nacionais.

Apoiamos firmemente os resistentes que seguram o gatilho em Jenin e seu campo, e em todas as áreas da Cisjordânia e Faixa de Gaza, que enfrentam o arsenal de guerra sionista criminoso com os equipamentos mais simples, defendendo sua terra, povo e santidades com extrema bravura e determinação.

Afirmamos que nosso povo, com todas as suas forças e atividades, continuará a enfrentar a ocupação e sua agressão por todos os meios, apesar da conivência e silêncio internacional, bem como do viés e dos padrões duplos que governam o trabalho das instituições internacionais, tornando-as incapazes de condenar a ocupação e tomar medidas dissuasivas contra ela e responsabilizá-la por seus crimes.

O Movimento de Resistência Islâmica Hamas.”

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