Neste sábado, “Israel” realizou mais um massacre na Palestina. Desta vez, o exército sionista, bombardeando a Faixa de Gaza em várias regiões diferentes, assassinou 210 palestinos, deixando, também, mais de 400 feridos.
O massacre, cometido, principalmente, em Nusseirat, foi feito em meio a um ataque israelense que buscou recuperar alguns prisioneiros feitos pelo Movimento de Resistência Islâmica (Hamas, na sigla em árabe) durante a deflagração da operação Dilúvio de Al-Aqsa.
Relatos mostram que os sionistas se infiltraram no campo de refugiados fingindo ser trabalhadores de ajuda humanitária. Então, ao serem descobertos, a resistência palestina começou uma heroica batalha contra os invasores que, por sua vez, iniciaram os bombardeios contra a Faixa de Gaza.
Apesar de terem conseguido recuperar quatro prisioneiros, Abu Obeida, o porta-voz das Brigadas Al-Qassam, braço armado do Hamas, denunciou que “Israel” também assassinou outros de seus prisioneiros. O exército sionista, então, fugiu com os prisioneiros por meio do píer que foi instalado pelo governo dos Estados Unidos no litoral de Gaza. Fontes também registram que forças especiais norte-americanas auxiliaram os sionistas no ataque.
Diante desse massacre sanguinolento, o pior desde 7 de outubro de 2023, a resistência publicou uma série de declarações denunciando não só a matança perpetrada pela ocupação sionista, como também a participação dos Estados Unidos neste banho de sangue. O Diário Causa Operária (DCO) traduziu algumas dessas declarações, as quais podem ser lidas abaixo na íntegra:
Hamas
Em nome de Allah, o Mais Gracioso, o Mais Misericordioso
Em um crime brutal que confirma a natureza desta entidade criminosa fascista, que se desvia dos valores da civilização e da humanidade, o exército de ocupação terrorista hoje cometeu um massacre horrível contra civis inocentes, centrado no campo de Nusseirat e se estendendo a outras áreas na governadoria central, resultando no martírio e ferimento de centenas de indivíduos, e na destruição de bairros residenciais em uma escalada selvagem do genocídio que está sendo executado contra nosso povo palestino na Faixa de Gaza.
O que o exército de ocupação nazista anunciou sobre o resgate de um número de seus prisioneiros em Gaza — após mais de oito meses de agressão durante os quais todos os meios militares, de segurança e tecnológicos foram utilizados, e durante os quais todos os crimes, incluindo massacres, genocídio, cerco e fome, foram cometidos — não mudará seu fracasso estratégico na Faixa de Gaza. Nossa resistência valente ainda detém a maioria dos cativos e é capaz de aumentar seu número de capturas, como fez na operação heroica de captura realizada no campo de Jabalia no final do mês passado.
Nossa resistência corajosa, apoiada por nosso povo firme, registrou os feitos mais notáveis em sua batalha contra a brutal agressão sionista, apoiada por forças do mal e da agressão. Assumiu o compromisso de continuar seu caminho com determinação e desafio até que o inimigo seja derrotado e seus objetivos frustrados. Neste contexto, saudamos nossos heróis e combatentes que confrontaram bravamente as forças invasoras de ocupação hoje e lutaram bravamente contra elas por horas no campo de Nusseirat e na governadoria central, infligindo pesadas perdas em seus soldados e oficiais terroristas, os assassinos de crianças e mulheres.
Afirmamos que o que a imprensa norte-americana e israelense revelou sobre a participação norte-americana na operação criminosa de hoje prova, mais uma vez, o papel cúmplice do governo norte-americano e sua participação plena nos crimes de guerra cometidos na Faixa de Gaza, expondo a falsidade de suas posições declaradas sobre a situação humanitária e sua preocupação com as vidas civis.
Conclamamos nossos povos árabes e islâmicos, e as pessoas livres do mundo, a exercerem mais pressão e intensificarem o movimento de condenação à agressão e genocídio em Gaza. Exortamos a comunidade internacional e as Nações Unidas a tomarem uma posição genuína contra esses crimes contínuos, que envergonham a humanidade e ocorrem com som e imagem diante dos olhos do mundo inteiro, e a trabalharem para detê-los e levar os perpetradores à justiça por seus crimes e assassinatos a sangue-frio de crianças e civis.
Ismail Hanié, líder do Birô Político do Hamas
Em nome de Alá, o Mais Gracioso, o Mais Misericordioso
Em resposta aos massacres que estão sendo cometidos atualmente pela ocupação na Faixa de Gaza, o irmão combatente Ismail Hanié, líder do Birô Político do Hamas, destacou o seguinte:
O inimigo continua os massacres contra o nosso povo, crianças e mulheres, cujos capítulos estão acontecendo agora em Nusseirat e Deir al-Balah.
O mundo rotulou a ocupação como assassinos de crianças, mas é incapaz de pôr fim à guerra de genocídio a que nosso povo está exposto.
Nosso povo não se renderá, e a resistência continuará defendendo nossos direitos diante deste inimigo criminoso.
Se a ocupação acredita que pode impor suas escolhas a nós pela força, então está delirando.
O movimento não concordará com nenhum acordo que não garanta segurança para nosso povo, em primeiro lugar.
A ocupação falhou militarmente, caiu politicamente e está falhando moralmente, e o mundo deve agir.
Todos os povos da nação e as pessoas livres do mundo devem se levantar diante desses massacres brutais e do aumento do número de mártires civis.
Jiade Islâmica
Em nome de Alá, o Mais Gracioso, o Mais Misericordioso.
O crime de guerra que envergonha a humanidade, cometido pela entidade criminosa nazista no campo de Nusseirat e nas áreas da região central da Faixa de Gaza, que levou ao martírio e ferimento de centenas e à destruição de edifícios sobre as cabeças de crianças, mulheres e refugiados civis, confirma que os crimes dessa entidade ultrapassam todos os valores e limites, e que sua própria existência é uma desgraça para a humanidade.
Se a entidade, após oito meses de humilhação provada nas ruas de Gaza pelas mãos dos combatentes heroicos, se vangloria de conseguir recuperar alguns cativos de mais de 100 que permanecem nas mãos dos heróis da resistência, isso não é nada além de uma expressão de sua incapacidade militar, de campo e política.
A participação dos Estados Unidos neste massacre horrível revelou que o governo Biden é mais do que apenas uma parceira da ocupação no genocídio contra nosso povo, e que todas as alegações deste governo sobre cuidar dos civis são pura hipocrisia. O sangue das crianças, mulheres e pessoas inocentes martirizadas ao longo desta guerra amaldiçoa este governo, que fornece cobertura para os criminosos de guerra da entidade continuarem sua agressão.
O governo norte-americano e seus aliados e agentes, que consideram a morte de inocentes, crianças e mulheres como dano colateral justificado pela busca de libertar prisioneiros, são os mesmos que clamaram por condenar a operação Dilúvio de Al-Aqsa destinada a libertar milhares de prisioneiros das cadeias do inimigo, mostrando claros sinais de hipocrisia e dois pesos e duas medidas.
O inimigo, apoiado pelo governo norte-americano, está enganado se pensa que o holocausto que cometeu hoje mudará a posição da resistência e sua adesão às suas demandas, entre elas, a cessação do genocídio contra nosso povo.
Conclamamos as pessoas livres do mundo, e todas as forças vivas, a empreender a maior mobilização possível para pressionar o governo norte-americano e forçá-lo a parar com esta criminalidade.
Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP)
O Massacre de Nusseirat só prova o terrorismo, a criminalidade e a cumplicidade do mundo com a ocupação.
A Frente Popular para a Libertação da Palestina afirmou que a atrocidade cometida pelas forças de ocupação nesta manhã no Campo de Nusseirat é um dos massacres mais horríveis da história da humanidade, demonstrando a criminalidade do exército de ocupação contra pessoas inocentes.
A Frente explicou que o exército de ocupação criminosa lançou um ataque brutal no coração do campo e em seu mercado lotado, utilizando todos os tipos de armas no bombardeio e assassinato em massa de residentes, alegando que seu objetivo era resgatar alguns de seus prisioneiros das mãos da resistência, resultando em mais de 55 mártires e muitos outros feridos.
A Frente enfatizou que a resistência palestina é obrigada a continuar defendendo nosso povo contra atos de genocídio e não recuará nem um passo sequer no cumprimento deste dever sagrado.
A Frente esclareceu ainda que o massacre também expôs o papel e os esquemas maliciosos dos Estados Unidos, e seus objetivos por trás do píer que estabeleceu na costa de Gaza para participar da agressão contra nosso povo. Provas documentadas e cenas visuais gravadas confirmaram que esta área do píer foi usada pela ocupação em seu ataque brutal ao Campo de Nusseirat, e para garantir uma saída para os grupos terroristas afiliados ao exército de ocupação que participaram do massacre.
A Frente afirmou que a ocupação, juntamente com todos os seus apoiadores e participantes em seus crimes, está iludida ao pensar que massacres e crimes forçarão nosso povo e resistência a recuar de nossas demandas legítimas para interromper o genocídio ou aceitar condições impostas pelo ocupante para continuar o genocídio sob um acordo farsesco elaborado pelo criminoso de guerra Benjamin Netaniahu com a assistência de seu parceiro Biden.
A Frente declarou que a verdade clara compreendida por nosso povo é que não há alternativa senão continuar defendendo a nós mesmos, nossa existência e nossos direitos.
A Frente concluiu sua declaração expressando as mais profundas condolências e saudações ao nosso povo resistente na Faixa de Gaza, às famílias dos mártires justos e às famílias do resistente Campo de Nusseirat, convocando mais solidariedade, cooperação e unidade com os residentes do campo à luz dos horríveis massacres e crimes que eles sofreram.
Movimento Mujahideen
Novamente responsabilizamos o governo norte-americano pelo horrível massacre sionista-norte-americano contra civis no campo de Nusseirat e por todos os massacres contra nosso povo.
Condenamos o silêncio internacional, a impotência e o abandono árabe diante do genocídio e dos massacres contínuos contra nosso povo, sendo o mais recente o massacre de Nusseirat, que resultou em centenas de mártires e feridos, e na destruição de casas e edifícios sobre a cabeça de civis desarmados.
Este novo massacre contra um campo de refugiados revela os crimes de guerra sionistas e os crimes contínuos de seus aliados contra nosso povo desde o estabelecimento desta entidade e o deslocamento de nosso povo.
A vanglória do inimigo criminoso ao recapturar alguns prisioneiros depois de mais de oitro meses usando métodos brutais e criminosos é uma expressão da impotência política e dos sucessivos fracassos militares e de inteligência do exército inimigo fascista, e não apagará a vergonha e a derrota que sofreu.
A participação dos Estados Unidos no massacre de Nusseirat confirma que eles são inimigos genuínos do nosso povo e da nossa nação, a cabeça do mal e do terrorismo no mundo, e revela a extensão do engano e da falsidade que pratica contra o nosso povo.
Comitês de Resistência Popular
O massacre horrível cometido pelo inimigo sionista através de seus aviões, navios de guerra, tanques e forças especiais no campo de Nusseirat não será apagado da memória do nosso povo, e o inimigo sionista e seus líderes pagarão o preço por isso.
O massacre no campo de Nusseirat revela e confirma claramente a participação das forças inimigas norte-americanas estacionadas no cais flutuante na matança e carnificina do nosso povo, apesar da afirmação criminosa do governo norte-americano de que o objetivo desse cais é apenas enviar ajuda humanitária. Isso torna o cais e todos que nele estão um alvo legítimo para os ataques da resistência.
A manutenção de mais de 130 prisioneiros pela resistência após oito meses de guerra destrutiva, apesar de todas as capacidades do inimigo sionista e de seus aliados norte-americanos e ocidentais, com tecnologia avançada, inteligência e equipamentos de vigilância, é um verdadeiro orgulho escrito pelos homens da resistência. A extração de quatro prisioneiros entre eles não diminui o valor de seu feito incomparável.
Asseguramos ao inimigo sionista, seus líderes criminosos e às famílias dos prisioneiros sionistas que essa agressão coloca em sério perigo a vida de todos os prisioneiros mantidos pelas organizações da resistência. Netaniahu e sua gangue são diretamente responsáveis por isso.
Convidamos todos os meios de comunicação, jornalistas, profissionais de imprensa e ativistas de redes sociais a focarem no massacre sionista cometido pelos assassinos nazistas sionistas contra crianças e mulheres e a exporem esses crimes.
Birô Político do Ansar Alá, partido que governa o Iêmen
Condenamos veementemente o novo massacre perpetrado pelo inimigo sionista no campo de Nusseirat, no centro da Faixa de Gaza, que resultou em mais de 80 mártires e dezenas de feridos.
O massacre sionista contra civis ocorre apenas horas após as Nações Unidas anunciarem a inclusão do governo inimigo na lista de vergonha dos assassinos de crianças.
O massacre de Nusseirat confirma que a entidade sionista é apenas uma gangue criminosa e desonesta, sem consideração pelos direitos humanos ou pela lei internacional.
O horrível massacre coincide com a iniciativa de desinformação norte-americana para dar mais tempo ao inimigo para cometer crimes com claro apoio norte-americano.
A persistência na matança e na selvageria não pode deter a resistência palestina nem a empurrar a comprometer e renunciar aos direitos legítimos dos palestinos.
Esta escalada ocorre enquanto a maioria dos governos árabes e islâmicos continua em sua submissão, servidão e traição.
Os povos livres devem continuar a apoiar e mostrar solidariedade com o povo palestino até que a agressão pare e o cerco a Gaza e ao seu povo seja levantado.
