HISTÓRIA DA PALESTINA

Quem foi Ariel Sharon, um dos maiores fascistas de ‘Israel’

Liderou massacres, ceifou dezenas de milhares de vidas e se tornou primeiro-ministro de "Israel"

Não são poucos os fascistas de destaque do Estado de “Israel”, sobretudo dentre os membros do Likud, grupo sucessor de uma célula fascista sionista, mas, dentre tantos algozes do povo palestino e dos demais árabes da região, um nome que se destaca inclusive dentre os piores é Ariel Sharon.

Sharon foi o primeiro-ministro de “Israel” de 2001 a 2006, tendo sido eleito graças a sua imagem – não à toa – de “linha dura”. Nos seus tempos de ministro, até o dia que felizmente teve um derrame e permaneceu em estado vegetativo até o glorioso dia de sua morte, sua maior fama veio por ter sido o líder que mais expandiu os assentamentos de colonos sionistas nos territórios palestinos, tendo sido também no período de sangue em que foi o premiê que o muro na Cisjordânia foi construído. Sharon, no entanto, não ganhou sua fama de linha dura e totalmente pró-interesse do enclave imperialista de “Israel” apenas pelo curto e trágico tempo em que foi primeiro-ministro.

Previamente em sua vida, foi um soldado sionista presente inclusive em 1948, tendo lutado na guerra árabe-“israelense” entre 1948 e 1949. A partir de 1950, no entanto, além de ter lutado nas guerras que consolidaram o roubo de terra dos palestinos e ceifaram a vida de milhares de árabes, Sharon liderou uma série de operações e massacres contra civis palestinos, como o caso do massacre de Qibya, já comentada por este diário em um artigo próprio, onde 50 casas de civis palestinos foram explodidas, resultando em pelo menos 70 mortos e centenas de feridos. Durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967, na qual “Israel” conseguiu ocupar o leste de Jerusalém, a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, Sharon atingiu a marca de general – o que ilustra, por sua vez, como não era uma ovelha negra dentre o rebanho de fascistas, mas mais um fascista condecorado e promovido por sua agressividade e violência contra civis; fossem homens, mulheres ou crianças. Sua condecoração era tão aclamada pelos “israelenses” que em 1973, mesmo tendo sido eleito como um dos parlamentares mais voltados para o Knesset (o parlamento de “Israel”), renunciou para se tornar o primeiro assessor de Yitzhak Rabin, outro líder fascista do enclave imperialista no Oriente Médio.

Apesar de possuir cargo parlamentar na década de 70, tendo sido reeleito em 77 para o Knesset novamente, Sharon começou sua vida filiado ao grupo clandestino Haganá, também já mencionado por este diário em dezenas de artigos como o grupo verdadeiramente fascista que o era. Em 1982, já como parlamentar e general, Sharon liderou o massacre de Sabra e Chatila, no Líbano, onde dezenas de famílias palestinas inocentes em um campo de refugiados tiveram suas vidas ceifadas. Isso, no entanto, não lhe deu a alcunha de ditador, sanguinário ou terrorista, mas de um líder que, apesar de controverso, obteve diversas glórias militares e era um defensor ferrenho dos interesses de “Israel”.

Apesar de, anteriormente neste artigo, termos dito que felizmente Sharon teve um derrame em 2006, é uma lástima, por outro lado, que um dos piores algozes de milhões de palestinos e demais povos árabes tenha tido um fim tão tranquilo. Para a história ser justa, apesar de ser impossível de se fazer justiça às centenas de milhares vidas ceifadas por suas ações, seria necessário, no mínimo, que seu fim fosse semelhante ao de Mussolini. É absurda a existência de uma realidade em que Ariel Sharon teve um fim tranquilo enquanto Julian Assange, um dos maiores nomes que simboliza a luta contra a opressão, permanecerá preso, atrás de uma cela, até seus últimos dias.

Apesar do assassinato de tantos, a única questão que manchou brevemente sua reputação foi o massacre de Sabra e Chatila, onde ele foi “punido”, se assim pode-se dizer, com a remoção do cargo de Ministro da Defesa. O que de nada adiantou, porque não foi mais ministro, apenas parlamentar, conselheiro e, posteriormente, primeiro-ministro. O “erro” de Sharon, neste caso, não foi ter cometido uma verdadeira chacina, onde ordenou à revelia a entrada de milícias cristãs no Líbano para dizimar os palestinos, mas o fato dos 3,5 mil mortos terem recaído publicamente no colo de “Israel”, sendo esta a única “mancha” na história de um dos maiores algozes dos povos oprimidos que, felizmente, não está mais entre nós.

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