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Gustavo Petro

Presidente colombiano repete política imperialista sobre Petróleo

Gustavo Petro, presidente da Colômbia, país com sete bases militares americanas, reproduz a política energética ditada pelo imperialismo

Gustavo Petro

Gustavo Petro, presidente da Colômbia, está servindo como marionete do imperialismo para propagandear as tais “energias renováveis”. Assim como Marina Silva, ministra no governo Lula, Petro se junta às vozes que são contra a exploração de petróleo na região amazônica.

De acordo com matéria publicada no sítio Sumaúma “COP: ‘Explorar petróleo na Amazônia é uma contradição em termos’”, em entrevista, Petro afirma que a resposta para um mundo sem combustíveis fósseis não está nas mãos da esquerda tradicional, nem das direitas, mas das novas gerações.

Petróleo não se resume a combustíveis, é a primeira questão que temos de enfatizar. O mundo atual é impensável sem essa matéria-prima. Um único computador, por exemplo, pode ter até 80% de petróleo em sua constituição, e necessitará ainda de combustível para ser transportado e chegar até os consumidores.

Um dos truques do presidente colombiano, que visa disfarçar sua posição reacionária, é atacar tanto a “esquerda tradicional” quanto a “direita”. Trata-se da velha política do “nem-nem”. No entanto, as posições de Petro são as políticas ditadas pelo imperialismo para os países atrasados: impedir que explorem suas riquezas ou que se industrializem.

Gustavo Petro acerta quando diz que um mundo sem combustíveis fósseis será tarefa das futuras gerações. Em outras palavras, não existe ainda tal tecnologia. Por outro lado, o mundo não pode parar até que cheguemos a ela, temos de antes de desenvolver os meios de produção e isso demanda o uso de combustíveis fósseis, essa é uma contradição inescapável.

Segundo a matéria, “Petro suspendeu novos contratos de exploração de petróleo na Colômbia. Ele propõe que a floresta Amazônica seja declarada uma zona livre da produção de combustíveis fósseis e “tratada como sagrada” diante da necessidade de conter a emergência climática”.

A sacralização da floresta é um truque que os pseudo defensores dos índios e da floresta têm usado para impedir o desenvolvimento brasileiro. Sônia Guajajara, do PSOL, e agora ministra do governo Lula, se opôs ferrenhamente contra a construção da usina de Belo Monte. No entanto, ela mesma não saberá explicar como se pode manter hospitais e escolas em atividade sem o uso da energia elétrica.

13% da população brasileira vive na região amazônica, são mais de 38 milhões de pessoas. Tentar impedir a construção de uma hidrelétrica, que é uma das fontes de energia mais limpas, é condenar esses brasileiros a uma vida primitiva e o Brasil ao atraso. A própria Guajajara, porém, vive no conforto, a ela não falta energia, computador, celular etc.

Enclave militar

A decisão de Petro prejudica enormemente a Colômbia. O país praticamente se tornou uma plantação de coca. Desde que os Estados Unidos iniciaram o Plano Colômbia, nos anos 2000, um combate às drogas farsesco, a produção de cocaína não para de aumentar e abastecer o tráfico internacional de drogas. Em 2009 foi assinado um acordo que permitia a construção de bases militares americanas no país, já são sete bases “oficiais”. De 2012 a 2022, a área plantada aumentou 327%. A Colômbia produz 61% da cocaína no mundo.

A Colômbia é um país ocupado militarmente. Haver bases militares na região amazônica representa uma grave ameaça à Venezuela, ao Brasil, e a uma região riquíssima em petróleo. Não é por menos que Gustavo Petro fala exatamente aquilo que o imperialismo quer ouvir.

Como a Colômbia poderá se desenvolver? Em 2020 a produção de eletricidade no país contou com 26,8% a partir de combustíveis fósseis, e 71,9% por hidrelétricas. Como vimos, nem as hidrelétricas estão a salvo, uma vez que ONG’s ‘ambientalistas’ financiados pela CIA também fazem oposição a esse tipo de produção de energia.

Como “as gerações futuras” são para o futuro, o imperialismo, hoje, trata de fazer uma ocupação militar para garantir reservas importantíssimas de petróleo e as incalculáveis riquezas no solo e subsolo da região amazônica. A Colômbia, nesse sentido, com a desculpa do combate ao narcotráfico, se transformou em um enclave militar na América do Sul. Uma verdadeira Israel que servirá como ponta de lança em uma das regiões mais ricas do planeta.

Jornalismo independente?

A Samaúma, que entrevistou Petro na COP-28, em Dubai, se apresenta como uma entidade que faz jornalismo independente, é um desses órgãos financiados por inúmeras empresas, como Google, PicPay e o PagSeguro (UOL). São empresas ligadas ao mercado financeiro e com interesse direto nas riquezas da Amazônia. Não é por menos que lança uma crítica ao afirmar que “o presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou que o Brasil vai entrar na Opep+, ou Opep Plus, um bloco de dez nações aliadas da Organização dos Países Exportadores de Petróleo, da qual os Emirados fazem parte. A decisão acabou ofuscando o apelo ambiental do governo brasileiro, que chegou a Dubai depois de reduzir o desmatamento da Amazônia”.

O “jornalismo independente” da Samaúma fica bem explícito no teor das perguntas que faz a Gustavo Petro, pois, ao mesmo tempo em que reforça a ideia da ‘transição energética’, aproveita para criticar o governo Lula. Por exemplo: “O Brasil tem planos de aumentar a produção de petróleo e anunciou que vai entrar na Opep+”, ou “Lula disse que o Brasil vai entrar na Opep+ para convencer o grupo de que tem que fazer a transição e comprar os combustíveis renováveis brasileiros…”.

As respostas do presidente colombiano poderiam ter sido dadas por qualquer presidente dos Estados Unidos. Vejamos: “Acho que a América Latina está numa etapa balbuciante (…) nas últimas três décadas, apesar do triunfo eleitoral de muitas de suas forças progressistas, não conseguiu ter um projeto independente dos combustíveis fósseis”.

Petro diz que a América Latina, assim como a África, tem “uma potencialidade enorme de gerar energia limpa, inclusive para exportá-la, para se industrializar sobre a base das energias limpas, no que poderíamos chamar de economia descarbonizada”. O que é uma mentira, pois não se pode ainda imaginar uma indústria baseada nas tais ‘energias limpas’, como a solar e a eólica, que são instáveis e dependem de enormes centros de armazenamento que utilizam baterias altamente tóxicas e que demandam quantidades enormes de combustíveis fósseis e petróleo para serem produzidas.

Ao criticar Lula pela decisão de o Brasil ingressar na Opep+, Gustavo Petro afirma “Eu respeito suas decisões, mas já há uma consciência árabe da necessidade de uma transição. Quer dizer, de dar uma resposta a uma grande pergunta: como serão as sociedades árabes, petroleiras, em um mundo sem consumo de petróleo? ”.

O colombiano deveria trazer a pergunta para agora: como seria um mundo sem consumo de petróleo hoje? Os países ricos não vão prescindir do petróleo, vão despejar o peso da ‘transição’ sobre os ombros dos países pobres e atrasados. A própria Colômbia, presidida por Petro, em vez de se modernizar está afundando na pobreza e sendo transformada em um grande laboratório de produção de drogas.

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