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Inglaterra

Polícia inglesa aumenta repressão contra protestos pró-Palestina

As tentativas do imperialismo de tentar barrar as manifestações em defesa da Palestina estão a todo vapor; por outro lado, os atos estão cada vez maiores

Uma denúncia feita pela emissora libanesa Al Mayadeen mostra como a repressão do governo britânico tem aumentado significativamente contra as manifestações pró-Palestina. De acordo com a notícia, uma consultora jurídica de manifestantes, mesmo com roupa identificando sua profissão, teria ido para o hospital após ser derrubada intencionalmente por policiais durante uma manifestação.

Lesley Wertheimer, de 71 anos, que usava um babador (roupa específica) de alta visibilidade com as palavras “observador legal” estampadas nas costas, caiu de cara na estrada enquanto quase 30 policiais avançavam em direção à Ponte de Westminster durante o primeiro comício pró-Palestina de 2024 em Londres. Os observadores jurídicos são voluntários certificados que assistem aos protestos e oferecem aconselhamento jurídico básico aos participantes.

Segundo o relato do observador, imagens de vídeos da manifestação dão conta de que pelo menos dois policiais teriam colidido com ela e na sequência ela teria caído de cara no chão. Os policiais ficaram apenas olhando e Wertheimer foi socorrida por pessoas que passavam pelo local. O fato aconteceu no dia 6 de janeiro.

“Se eu tivesse feito isso com um policial, estaria no tribunal no dia seguinte”, disse Wetheimer. “Eles não podem continuar tratando o público assim”.

Wertheimer suspeita que ela foi intencionalmente alvo da polícia devido ao registro das ações policiais no protesto, quando os policiais impediram centenas de manifestantes pró-Palestina de cruzar a Ponte de Westminster.

Ainda de acordo com a Al Mayadeen, no mês passado, dois observadores jurídicos alegaram que foram atacados enquanto testemunhavam a resposta da polícia a uma manifestação antifascista na Universidade de Manchester. Um deles afirmou que caiu no chão após levar um tapa nas costas com um cassetete. Ao se levantar, ele afirmou que os policiais o jogaram de volta no chão. O outro observador afirmou que ela foi empurrada para trás e agredida duas vezes por policiais.

A repressão contra observadores e manifestantes em atos em defesa da Palestina se estende também a parlamentares. Após a eleição de George Galloway ao parlamento inglês na última semana, o governo de Rishi Sunak já prepara sua reação. Galloway é conhecido por ser um defensor não só da Palestina, como também do direito à luta armada dos palestinos e, especificamente, do Hesbolá.

O assessor do governo para a violência política, John Woodcock, apresentou uma proposta de repressão aos partidos para o governo. Woodcock afirmou que “Rishi e Keir [Starmer] deveriam instruir seus deputados e vereadores a não se envolverem com ninguém da Campanha de Solidariedade a Palestina até que organizem suas fileiras e cortem o ódio de suas marchas“. Sendo assim, conservadores e trabalhistas não poderiam participar de nenhum tipo de manifestação de rua.

Toda essa crise envolvendo o governo inglês mostra o quão importante é a campanha em defesa da Palestina e como ela tem balançado governos pelo planeta inteiro. Nos Estados Unidos, estamos assistindo à popularidade de Biden despencar a cada dia que passa por conta de seu apoio ao genocídio na Faixa de Gaza. Por outro lado, a vitória de Galloway deixa claro o quanto é popular e necessária para a população a defesa dos palestinos e de suas organizações de resistência.

A questão da Palestina é tão importante que vem modificando todo o cenário político mundial. No caso da Inglaterra, com o apoio de Trabalhistas e Conservadores ao extermínio da população em Gaza, bipartidarismo inglês está entrando em uma grande crise.

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