Na última quarta-feira (21), parlamentares de “Israel” votaram a favor e aprovaram a declaração de Benjamin Netaniahu, primeiro-ministro sionista, que rejeita qualquer reconhecimento “unilateral” de um Estado palestino, em resposta à pressão internacional para a retomada das discussões para a sua criação.
Na declaração, o Estado de “Israel” afirma rejeitar imposições internacionais a respeito de um acordo permanente com os palestinos, dizendo que somente através de negociações diretas com as partes envolvidas tal acordo poderia ser alcançado, e que “Israel” seguirá se opondo ao reconhecimento “unilateral” de um Estado palestino, ou seja, que sua parte não reconhece. Além disso, a declaração diz que a validação de tal reconhecimento seria um prêmio ao que classificam como “terroristas”.
Segue a declaração na íntegra:
“1. Israel rejeita absolutamente qualquer imposição internacional a respeito de um arranjo permanente com os palestinos. Tal acordo será alcançado apenas por meio de negociações diretas entre as partes, sem precondições.
2. Israel continuará a se opor ao reconhecimento unilateral de um estado palestino. Tal reconhecimento, seguindo o massacre de 7 de outubro, concederá um prêmio imenso e sem precedentes ao terrorismo, e impedirá qualquer acordo de paz futuro.”
A declaração, elaborada pelo primeiro-ministro Benjamin Netaniahu, foi aprovada na assembleia legislativa de “Israel”, o Knesset, com ampla maioria dos votos, inclusive uma votação positiva expressiva até mesmo da oposição ao governo, com 99 dos votos de 120 parlamentares no total.
“O Knesset se uniu em uma maioria esmagadora contra a tentativa de nos impor o estabelecimento de um Estado palestino, que não só não trará paz, mas colocará em perigo o Estado de Israel”, afirmou Netaniahu.
A votação desencadeou uma condenação por parte do Ministério das Relações Exteriores da Palestina, que afirmou em comunicado que “a adesão plena do Estado da Palestina às Nações Unidas e seu reconhecimento por outras nações não requerem a permissão de Netaniahu”.
A situação demonstra que o Estado de “Israel” é completamente fascista, com as forças inclusive de oposição ao governo Netaniahu apoiando a manutenção da opressão indiscriminada contra o povo palestino. O Estado nazista de “Israel” está unificado em prol do massacre, e persegue brutalmente a oposição a essa política genocida, como a perseguição contra manifestantes e judeus ortodoxos que repudiam o sionismo.
Mais do que nunca, a esquerda deve pedir do fim do Estado de “Israel”, pois não há negociação possível com aqueles cujo único objetivo é o genocídio e o extermínio da população palestina.