Nas últimas semanas, o Brasil enfrentou queimadas no Cerrado, Pantanal e Amazônia. Isso se tornou mais um alvo da política identitária. Segundo o ministério das Mulheres, os eventos climáticos afetam diretamente as mulheres, especialmente negras, indígenas e ribeirinhas. É mais uma versão do ambientalismo identitário. É preciso deixar claro, o problema não é o clima, é o neoliberalismo.
Maria Helena Guarezi, do ministério, destacou que esses grupos são desproporcionalmente impactados devido à vulnerabilidade dos territórios que ocupam, tanto em áreas urbanas quanto rurais, expostos a desastres climáticos como inundações e secas. As mulheres são mais oprimidas em qualquer situação, isso não é nenhum grande argumento. Por isso é preciso emancipar a mulher, isso se dá por meio de empregos, creches integrais, direito ao aborto etc.
O Ministério das Mulheres atua em comitês interministeriais para traçar estratégias nacionais de mudanças climáticas, promovendo debates sobre “justiça climática com foco em gênero”. A pasta também participa de fóruns internacionais e planeja ações para a COP 30, que será realizada em Belém em 2025.
Durante as enchentes no RS, o ministério desenvolveu diretrizes para proteger mulheres em situações de emergência climática, com futuras ações voltadas para garantir a liderança das mulheres no enfrentamento da crise ambiental.
Ou seja, o ministério se perde completamente na política identitária. O que é preciso é garantir as conquistas reais da luta da mulher trabalhadora. A crise climática, independente do que de fato esteja acontecendo, não é uma crise real. A crise real é a crise social. E a responsável por ela é a política neoliberal. É isso que é necessário combater.