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Genocídio na Faixa de Gaza

O papo furado dos sionistas para encobrir os crimes de ‘Israel’

Para defensores de 'Israel', tudo aquilo que não sejam as mentiras contadas pelo Estado judeu tem que ser censurado

Em seu perfil no X, André Lajst, um ex-soldado das Forças de Ocupação de “Israel” que hoje vive intimidando aqueles que denunciam os crimes do Estado sionista, publicou a tradução de um texto de Hillel Fuld, originalmente escrito em inglês. Hillel Fuld apresenta a si próprio como um “sionista orgulhoso” e é descrito, conforme seu sítio oficial, como um “palestrante global” e um “homem do marketing“.

O texto em questão é mais uma tentativa do sionismo de imputar a acusação de “antissemitismo” a todos os inimigos do Estado de “Israel”. Conforme o próprio Fuld admite, o que ele considera “antissemitismo” não seria propriamente a violência contra os judeus, mas sim algo que poderia levar a tal situação:

“Todas as formas de antissemitismo acima mencionadas podem parecer inofensivas para você, mas garanto-lhe que cada uma dessas coisas leva diretamente à violência verbal e física contra os judeus”.

Essa consideração já desmascara toda a farsa da campanha histérica em torno do “antissemitismo”. Quando figuras como Hillel Fuld e André Lajst alardeiam sobre uma “onda de antissemitismo”, não estão se referindo aos atos monstruosos cometidos pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial, que assassinaram milhões de judeus em campos de concentração. Como veremos neste artigo, o “antissemitismo” criado pelos sionistas não passam de… palavras.

“As palavras são importantes e quando você as usa para espalhar o ódio, o ódio se espalha. Não vamos confundir críticas construtivas válidas com o ódio aos judeus. Beleza?”, diz o “homem do marketing“.

Comparar o assassinato e a perseguição de judeus com palavras já é, evidentemente, uma operação de má fé. Uma canalhice. Ainda mais quando levado em consideração que a acusação de “antissemitismo” está sendo usada, no Brasil, para censurar e até mesmo pedir a prisão de jornalistas e dirigentes políticos.

Mas o problema não se resume a isso. Não bastasse associar opiniões a crimes de guerra praticados por nazistas, aquilo que Hillel Fuld e André Lajst apresentam como “antissionismo” não é, sob hipótese alguma, uma demonstração de “ódio” contra judeus. São, na verdade, críticas políticas ao Estado nazista de “Israel”, que está levando adiante um verdadeiro genocídio na Faixa de Gaza, responsável pelo extermínio de 1% da população local em apenas três meses.

Se opor-se a um genocídio é “antissemitismo”, então não haveria nada mais humanitário que ser “antissemita”. Mas não é essa a questão. Acusar quem apoia o povo palestino de “antissemita” é, inclusive, um contrassenso, uma vez que os palestinos são também povos semitas. O fato é que a acusação de “antissemitismo” nada mais é que uma calúnia que visa encobrir os crimes de guerra de “Israel”.

Segundo o “palestrante local”, “negar o direito de existência de Israel” seria “antissemitismo”. De forma alguma. Opor-se ao Estado de “Israel” nada tem a ver com defender o extermínio de judeus, tem a ver com a destruição de uma entidade política que é responsável pelo mais cruel regime de apartheid vigente no mundo. O que os defensores de “Israel” tentam esconder, na verdade, é que a fundação do “Israel” resultou na expulsão de mais de 700 mil palestinos de suas terras. Que o Estado sionista foi estabelecido em um território onde já havia um povo. Que, enquanto “Israel” existir, suas autoridades levarão adiante uma política de limpeza étnica em nome de um Estado judeu.

Hillel Fuld também diz que “afirmar que Israel está matando indiscriminadamente e até mesmo intencionalmente civis inocentes” seria “puro antissemitismo”. É uma piada de muito mal gosto. Nada menos que 70% das mais de 25 mil vidas ceifadas pelas Forças de Ocupação de “Israel” pertenciam a crianças e mulheres. E isso, por sua vez, acontece porque “Israel” tem como principal método de guerra os bombardeios e ataques a civis. Neste exato momento, as forças israelenses estão atacando hospitais em Khan Yunis, impedindo o acesso de pessoas às poucas instalações médicas restantes em Gaza.

“Israel” já matou mais jornalistas nos últimos três meses e meio que a Segunda Guerra Mundial. Já assassinou mais de três centenas de profissionais da saúde. E, há 16 anos, impõe um bloqueio econômico criminoso a Gaza. Não há como negar que “Israel” tem os civis palestinos como alvo.

O “palestrante global” segue afirmando que seria antissemitismo “pedir a Israel um cessar-fogo unilateral enquanto o Hamas continua a disparar foguetes e a cometer terrorismo contra israelenses”. O que ele esqueceu de dizer foi que, nos 23 anos antes da Operação Dilúvio al-Aqsa, “Israel” já havia assassinado mais de 11 mil palestinos. E que outros milhares foram presos “administrativamente” – isto é, arbitrariamente – pelo Estado sionista. “Israel” é o causador de toda a violência na Palestina – as ações do Hamas nada mais são que a luta heroica de um povo tentando fazer seu opressor cessar os ataques.

A mentalidade nazista de Hillel Fuld é tamanha que sequer consegue fingir que defende os direitos dos palestinos. Ao mesmo tempo em que os sionistas defendem um falso “direito à autodeterminação” de “Israel” – direito esse inexistente, uma vez que os sionistas reivindicam uma terra que não lhes pertencia -, o “homem do marketing” diz que não há problemas em “desejar a autodeterminação dos palestinos”… desde que “seu sistema educacional for reformado e parar de espalhar o ódio aos judeus”!

Os sionistas só esqueceram de dizer que mal existe um “sistema educacional” em Gaza, porque as crianças estão mais preocupadas em não morrer de fome, em não serem presas e em não serem assassinadas. Quem tem um “sistema educacional” é “Israel”, que dissemina todas as suas mentiras entre as crianças, ensinando que a Palestina seria “uma terra sem povo para um povo sem terra”.

E por falar em mentira, Hillel Fuld diz que “negar os crimes de 7 de Outubro e a violência sexual do Hamas contra judeus inocentes” seria “antissemitismo”. Aqui, convidamos o leitor a pôr na balança: vale mais o Estado de “Israel”, especialista em mentiras, acusar o Hamas de estuprar mulheres, sem apresentar uma única prova, ou simples fato de que “Israel” mata centenas de mulheres por semana com seus bombardeios criminosos?

O texto de Hillel Fuld é claro: “antissemitismo” é tudo aquilo que não sejam as mentiras contadas por “Israel”.

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