No último domingo (14), a Polícia Militar de São Paulo alegou que Luca Romano Angerami, agente da corporação, desapareceu no Guarujá, na Baixada Santista. Frente a isso, a PM de Tarcísio de Freitas (Republicanos) teria iniciado uma nova operação na região, já tendo prendido um homem de 36.
Respondendo questionamentos feitos pelo Diário Causa Operária (DCO), a Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirmou que a operação deflagrada teria o objetivo de “identificar e prender os envolvidos”.
“Cerca de 250 policiais foram deslocados para reforçar o policiamento, restabelecer a segurança e auxiliar nas buscas pelo soldado”, afirmou a pasta ao DCO.
A Secretaria também informou que, na última terça-feira (16), localizou o corpo de um homem que, apesar de ainda não ter sido identificado, não apresenta “inícios de que se trate do policial desparecido”.
Ao que tudo indica, a PM de Tarcísio está tentando deflagrar uma operação do tipo Escudo, quando a corporação procura vingar de maneira sanguinolenta a morte de algum de seus agentes, sem que isso seja feito de maneira oficial. Finalmente, a última operação do tipo, apelidada de Operação Verão, resultou no assassinato de pelo menos 56 pessoas em apenas dois meses.
Nesse sentido, o governo estaria procurando tirar a atenção da atuação truculenta da PM ao não nomear oficialmente as ações da polícia na Baixada Santista. Não é à toa que, poucos dias após o fim da Operação Verão, a PM assassinou um homem de 26 anos em Santos.
Na época, ao ser questionada por este Diário, a SSP afirmou que “a morte não faz parte do âmbito da Operação Verão”. Entretanto, fato é que, na prática, representou a continuação da chacina perpetrada pelos policiais do governador Tarcísio de Freitas, no mínimo, uma indicação de que, apesar de não oficialmente, a matança na Baixada Santista continuará.