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Editorial

Níger dá mais um passo rumo a libertação nacional

Com a suspensão do acordo em questão, o país do Sahel adota uma posição política cada vez mais parecida com a de Máli e de Burquina Fasso

No último sábado, o Níger determinou a suspensão de um acordo militar com os Estados Unidos que permitia funcionários norte-americanos do exército e de defesa no geral operassem a partir do país centro-africano. O anúncio foi feito pelo coronel Amadou Abdramane, porta-voz do governo.

“O governo do Níger, levando em consideração as aspirações e interesses de seu povo, decidiu (…) denunciar com efeito imediato o acordo relativo ao status do pessoal militar dos Estados Unidos e dos funcionários civis do Departamento de Defesa americano no território do Níger”, anunciou Abdramane.

A decisão foi tomada após uma comitiva de funcionários do governo dos EUA, liderada pela secretária de Estado Adjunta para Assuntos Africanos, Molly Phee, e pelo chefe do Comando dos EUA para África, o general Michael Langley. O governo nigerense disse que tal delegação não cumpriu os protocolos diplomáticos necessários, afirmando que o Níger não recebeu informações sobre a composição do grupo, sua data de chegada e a agenda que cumpriria.

A determinação do governo nigerense representa uma enorme derrota para o imperialismo norte-americano. Os Estados Unidos mantêm uma base aérea, a Base Aérea 201, a cerca de 920 quilômetros da capital, que é a construção mais cara já feita pelos EUA.

Nesse sentido, o Níger é o centro das operações norte-americanas no oeste e no norte da África, um local estratégico para, sob o pretexto de combater o terrorismo, interferir no regime de outros países africanos e controlar a influência da Rússia e da China na região.

Com a decisão, o Níger também desenvolve ainda mais o golpe nacionalista que ocorreu no país em meados de julho de 2023, o qual já resultou na expulsão de tropas francesas e de outros países europeus do território nigerense.

Com a suspensão do acordo em questão, o país do Sahel adota uma posição política cada vez mais parecida com a de Máli e de Burquina Fasso. Ambos já expulsaram tropas imperialistas de seus países e, além disso, se aproximaram da Rússia e de outras nações que desempenham um papel anti-imperialista.

A importância dessa base já foi indicada pelo imperialismo no começo de 2024 por meio de sua imprensa. O New York Times publicou, no dia 6 de janeiro deste ano, um artigo intitulado Após o golpe no Níger, os EUA lutam para manter uma base aérea vital (After Niger Coup, U.S. Scrambles to Keep a Vital Air Base) no qual afirma que os Estados Unidos analisam, sem muito otimismo, o que poderiam fazer para reativar sua atividade militar na Base Aérea 201.

“O funcionário [um funcionário militar norte-americano] acrescentou que os militares dos EUA ainda estavam determinados a manter a Base Aérea 201, o maior projeto de construção que os engenheiros da Força Aérea já empreenderam sozinhos, mesmo que a política na região esteja em discussão em Washington e quaisquer decisões tenham sido adiadas por enquanto por causa das crises em Gaza e na Ucrânia”, diz a publicação.

Não restam dúvidas, portanto, da importância que tem a decisão do Níger. Ela ameaça a capacidade dos Estados Unidos de intervierem nos países da África Ocidental e no continente no geral. Tanto é que, ainda segundo o New York Times, o governo dos EUA estava estudando estabelecer bases de VANTs em outros países da região caso fossem expulsos do Níger.

Nesse sentido, contribui para aprofundar a crise imperialista na África e, consequentemente, em todo o mundo, dando cada vez mais condições para que os povos oprimidos se levantem contra a verdadeira ditadura que os Estados Unidos e demais países imperialistas impõem sobre a região.

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