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'Israel'

Não é possível haver ‘unidade’ com invasores fascistas

Sionista sai em defesa da Autoridade Palestina, um governo fantoche na Palestina

Nessa terça-feira (19), o lobista sionista André Lajst, um dos principais divulgadores, no Brasil, das mentiras que o governo de Benjamin Netaniahu conta, publicou um texto na rede social X (antigo Twitter) em que defende uma organização palestina! O que aconteceu? Será que com quase 40 mil pessoas assassinadas por “Israel” em menos de seis meses, finalmente André Lajst mudou de lado?

Não, nada disso. A organização que Lajst defende em seu texto já não mais representa em nada o povo palestino. Trata-se da Autoridade Palestina, uma entidade criada pelos vergonhosos Acordos de Oslo que, hoje em dia, não passa de um governo fantoche dos sionistas e do imperialismo, chegando a reprimir o próprio povo palestino em sua resistência à invasão. Pois é, caro leitor, para um apoiador de um genocídio, como André Lajst, não basta apoiar a limpeza étnica de todo um povo, mas também é preciso ainda dizer qual organização palestina é “legítima” e qual não é! Pessoa mais democrática e humana que André Lajst não há de haver…

No texto, Lajst saúda o fato de que o governo fantoche da Autoridade Palestina escolheu como primeiro-ministro um homem que já foi funcionário do Banco Mundial. Não é preciso muita explicação de por que Lajst ficou feliz com a indicação. O Banco Mundial é uma instituição controlada pelos maiores vampiros da face da Terra, os banqueiros responsáveis por deixar bilhões de pessoas na miséria.

Em seu elogio à atitude vergonhosa da Autoridade Palestina, Lajst considera o gesto como uma tentativa defortalecer a instituição tornando-o uma opção viável para administrar a Faixa de Gaza após o fim da atual guerra de Israel contra o Hamas. Isso, no entanto, contraria diretamente os interesses do grupo terrorista, que ainda deseja se manter no poder“.

Ainda que o Hamas fosse “terrorista”, “satanista” ou qualquer outro “ista” com o qual Lajst queira caluniar o partido islâmico, qualquer organização que se oponha ao plano da Autoridade Palestina mereceria o respeito dos oprimidos. Afinal, o plano da Autoridade Palestina é de um verdadeiro capacho: é o de se deitar diante dos Estados Unidos e de “Israel” para que pisem em cima. Se o custo para “governar” a Palestina é nomear os agentes do imperialismo para cargos importantes do governo, então de que adiantaria ter um governo da Autoridade Palestina? É ridículo.

Lajst, então, continua:

“Diferentemente do Hamas, o Fatah [grupo que dirige a Autoridade Palestina] reconhece a legitimidade e existência de Israel. Por meio dos Acordos de Oslo de 1993, o partido formou a Autoridade Palestina, que passou a administrar partes da Faixa de Gaza e da Cisjordânia/Judeia e Samaria. Em 2006, após a realização de eleições, o Hamas obteve um número maior de assentos e rompeu a cooperação com o Fatah, assumindo, em 2007, o controle da Faixa de Caza após um sangrento golpe. Desde então, o grupo terrorista tem sido um grande empecilho à unidade política dos palestinos, dificultando qualquer tentativa de um acordo de paz com Israel.”

De fato, a divergência mais importantes que o Hamas e o Fatá tiveram ao longo da história foi justamente os Acordos de Oslo. E o que foram eles: um acordo em que os palestinos abriram mão de sua luta armada e reconheceram a entidade invasora como um Estado legítimo, em troca de uma promessa, que nunca foi cumprida, de que “Israel” permitiria a criação do Estado palestino. O Hamas se opor a este circo nada tem de “terrorismo”, é apenas a expressão do que pensa o conjunto da população sobre os acordos.

Quanto ao “golpe sangrento”, o próprio Lajst se contradiz. Se ele mesmo admite que houve eleições e o Hamas venceu, como seria um golpe? O único golpe que há, na verdade, é o do Fatá, que, diante do resultado eleitoral fabuloso do Hamas, suspendeu o processo eleitoral na Cisjordânia, onde não há eleições gerais há quase duas décadas.

Por fim, é preciso destacar a patifaria que é dizer que o Hamas dificulta a unidade política. A operação Dilúvio de al-Aqsa foi justamente a expressão da unidade dos palestinos contra a ocupação. Todas as grandes forças de resistência participaram.

A não ser que Lajst espere dos palestinos uma “unidade” com “Israel”. Essa, por sua vez, é a política da Autoridade Palestina. A política que, desde os Acordos de Oslo, tem sido cúmplice com os milhares de assassinatos e prisões que ocorrem na Palestina.

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