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Vinícius Rodrigues

Militante do Partido da Causa Operária no Rio de Janeiro e membro da Direção Nacional da Aliança da Juventude Revolucionária (AJR).

Coluna

Não defender o Hamas é sionismo

Para a infelicidade da esquerda pequeno-burguesa, não é sectarismo, é a mais pura realidade

Não defender o Hamas é sionismo. Você pode achar essa declaração um tanto agressiva. Talvez a considere sectária. Mas ela é a mais pura verdade. Não defender o Hamas ou é a política do sionismo, ou uma capitulação ao sionismo, na prática, um apoio a sua política. Mas o que significa defender o Hamas?

Em uma luta política bem definida é fácil defender um dos dois lados. Fica claro que a defesa não é necessariamente uma concordância total com aquele que está sendo defendido, mas um apoio aquele lado em meio a essa luta.

Vejamos alguns casos. A Rússia contra a OTAN na Ucrânia. Há aqueles que são a favor da derrota da Rússia, da vitória de Zelesnki. Por apoiar a vitória de um nazista significa que são nazistas? Não. Defendem a vitória da OTAN porque são contra a Rússia.

Pelo outro lado. Quem apoia a vitória de Vladimir Putin é necessariamente um nacionalista russo? Também não. São a favor da derrota da OTAN. Mas o que esse exemplo mostra é que infelizmente parte da esquerda não entende esse conceito, pois também acha um absurdo o apoio à Putin.

Vejamos um caso brasileiro. Lava Jato contra o PT. Quem ficou contra a operação de Sérgio Moro era necessariamente petista? Não. Quem ficou a favor dela era necessariamente tucano? Também não.

A questão é, por que é tão difícil na guerra “Israel” contra resistência Palestina assumir o lado da resistência? Porque o sionismo impõe um veto a essa posição. Tal qual o imperialismo tentou impor um veto a defesa de Lula e de Putin. Nessas duas falharam, e também estão sendo derrotados no caso do Hamas.

Por qual motivo aqueles que combatem os nazistas do século XXI de armas na mão não seriam apoiados pela esquerda? A esquerda apoiou a guerrilha de Sandino, de Fidel, do IRA, de Ho Chi Minh, dos Sandinistas, de Marighella, mas não pode apoiar o Hamas?

O sionismo é pior do que os inimigos de todos esses. É pior que o general Logan Feland, que Batista, que o rei Jorge V, que os franceses, que Somoza, que Médici. Mas eles não poderiam ser apoiados porque são muçulmanos. É totalmente absurdo, e é absurdo porque não tem lógica. É simplesmente capitulação.

Não é necessário sair nas ruas com bandeiras do Hamas como faz o PCO, apesar dessa ser a posição correta. Mas ao menos é preciso defender a resistência de forma geral, como faz Breno Altman. No mundo inteiro, os setores que mais defendem a Palestina são justamente os que defendem a resistência armada. Basta ver o caso do Hesbolá, do Iêmen e da resistência iraquiana.

Quem não defende a resistência está jogando o jogo de “Israel”. Faz parte da campanha de propaganda do terrorismo ao se omitir. Essa é a campanha que é a justificativa para o genocídio. E, portanto, defender o Hamas é ser contra o genocídio.

* A opinião dos colunistas não reflete, necessariamente, a opinião deste Diário

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