Um dos maiores agentes do sionismo no Brasil é o presidente-executivo da ONG Stand With Us Brasil, André Lajst. Seus posicionamentos são diretamente produzidos em Telavive, provavelmente em uma sala da agência de espionagem israelense, o Mossad. No dia 4 de fevereiro, ele publicou em sua rede social Twitter/X um pequeno texto que é a perfeita demonstração da farsa do sionismo. É impressionante que alguém possa escrever algo que é 100% falso, mas o sionismo tem essa capacidade. Ele escreveu:
“Israel não foi criado por causa do holocausto, mas apesar do holocausto, que matou 1/3 da população judaica no mundo durante a 2ª guerra mundial. Judeus do mundo inteiro imigraram para a terra de Israel e lá se juntaram a judeus que sempre viveram na região. A criação de Israel, conceitualmente, é a maior conquista do povo judeu nos últimos 2000 anos. Por esse motivo, a gigantesca maioria do povo judeu se identifica com Israel como parte integral de sua identidade. Querer destruir Israel, é querer destruir a identidade judaica e o lugar central de culto e história de todo um povo!”
“Israel” de fato não foi criada por causa do Holocausto, mas é absurdo afirmar que foi criada apesar dele. O genocídio nazista foi e ainda é usado como uma das principais bases ideológicas para a defesa do Estado de “Israel”. É algo tão conhecido que autores importantes como Norman Finkelstein escreveram sobre a indústria do Holocausto, isto é, como o sionismo se utiliza desse evento histórico para levar adiante sua política de forma industrial.
A segunda frase também é uma mentira: “judeus do mundo inteiro imigraram para a terra de Israel e lá se juntaram a judeus que sempre viveram na região“. Não foram judeus do mundo inteiro e sim judeus da Europa que imigraram para “Israel”. Posteriormente, iriam judeus árabes, mas em menor escala. Além disso, é uma farsa que se juntaram a judeus que sempre viveram na região. O sionismo, criado no final do século XIX na Europa, já havia levado a imigração de centenas de milhares de judeus europeus para a Palestina. Essa imigração em massa apoiada pelo imperialismo inglês inclusive já havia gerado grandes crises antes da criação de “Israel”.
Depois ele afirma: “a criação de Israel, conceitualmente, é a maior conquista do povo judeu nos últimos 2000 anos”. Uma farsa também. A conquista para os judeus é conseguir se emancipar em seu próprio país e não ter que fugir para uma terra distante. A Revolução Francesa foi uma grande conquista para os judeus. A Revolução Russa foi talvez a maior de todas. Grande parte dos judeus da Europa viviam na região de controle da Rússia, a revolução aboliu o antissemitismo, que era a política dos czares da Rússia. O interessante é que o sionismo, que já existia na época, se opunha à revolução. Um setor importante do sionismo se alinhou ao Czar na Primeira Guerra Mundial.
Então segue a falsificação: “por esse motivo, a gigantesca maioria do povo judeu se identifica com Israel como parte integral de sua identidade“. A maioria dos judeus no mundo não vive em “Israel”, mas sim nos EUA. Uma grande parte é afetada pela propaganda sionista, mas não é possível afirmar que “Israel” é parte de sua identidade. É nos EUA onde existe a maior oposição judaica ao sionismo. Nova Iorque, a cidade com mais judeus no mundo, é uma das que mais apoia a Palestina. São os judeus nova iorquinos que lideram muitas das manifestações. E mais interessante, a principal base de apoio de “Israel” não são os judeus, mas sim os cristãos neopentecostais por serem uma população maior que dos judeus nos EUA.
E por fim ele conclui: “querer destruir Israel, é querer destruir a identidade judaica e o lugar central de culto e história de todo um povo!”. Destruir “Israel” passa longe da destruição da religião judaica. Como dito acima, mesmo que “destruir ‘Israel’” significasse o massacre da população israelense, isso configurara apenas cerca de um terço dos judeus do mundo. Mas quase nenhum setor social defende o massacre dos judeus, o que se defende é o fim do Estado de “Israel”. Ou seja, a criação de um Estado da Palestina onde palestinos e israelenses possam ter os mesmos direitos.
Há dois casos interessantes que ajudam a compreensão. Na Rodésia existia o apartheid, a revolução dos negros acabou com o Estado da Rodésia e criou o Zimbábue. Lá, a esmagadora maioria dos brancos fugiu, não foram assassinados. Na África do Sul, algo semelhante aconteceu, mas dessa vez a maioria dos brancos ficou. A destruição de “Israel” provavelmente seria um meio-termo, uma parte dos israelenses fugiria, até porque muitos têm dupla cidadania, outra parte iria preferir ficar. É algo muito simples de se compreender, por isso o sionismo constantemente falsifica o significa de fim do Estado de “Israel”.
O caso de André Lajst é emblemático para se compreender o sionismo. Não se pode acreditar em uma única palavra do que é dito pelos agentes do Estado de “Israel”. Eles estão dispostos a falsificar tudo para defender o nazismo do século XXI, que é o sionismo.