Assisti a uma parte da partida entre Borussia Dortmund e Frankfurt Eintracht na Bundesliga. Que futebol horroroso!
Estava com meu pai na cozinha uma hora e falei:
– Nossa, que coisa ruim!
Daqui a pouco, sai da TV:
– GOOOOOOOOOOOL!
– Tá vendo, saiu gol, diz meu pai.
– Quer apostar quanto que foi por acaso, respondi.
Dito e feito. O gol foi um azar danado. O atacante do Eintracht ficou cara a cara com o goleiro, após uma falha defensiva bisonha da defesa do Dortmund, gingou pra lá, gingou pra cá e chutou em cima do goleiro. Por sorte, havia um jogador pra pegar o rebote e marcar o único gol do time de Frankfurt.
O gol foi um reflexo do futebol horroroso que se joga na Alemanha.
Mas a campanha da imprensa diz que se trata de uma das grandes ligas europeias. Isso é reproduzido nos jogos de vídeo também.
Esses dias, baixei o jogo da FIFA pra matar saudade de jogos de futebol. Ganhei a carta de um tal de Brandt, meio-campista alemão, com pontuação de 90.
– Bom, tem uma pontuação melhor que todos meus outros meio-campistas, vou colocá-lo no meu time, pensei.
Pela pontuação, seria um craque de bola, joia rara do futebol. Mas não é que ele disputou a partida e perdeu passes de um metro de distância?
Pensei: “realmente, hoje em dia, é muita propaganda e pouco futebol”.
O que se joga na Alemanha se assemelha ao futebol, tem 11 jogadores de cada time, uma bola, dois gols, um campo. Mas, de fato, não é futebol, é outra parada que até agora estou tentando entender.