No domingo (13), o Emir (equivalente ao rei) do Cuaite, xeique Meshaal al-Ahmad al-Jaber al-Sabá, emitiu um decreto formando um novo governo composto por 13 ministros liderados por Xeique Ahmad Abdula al-Ahmad al-Sabá.
O Emir havia dissolvido o parlamento na sexta-feira (10) e assumiu algumas funções governamentais, pouco mais de seis semanas após as eleições. Foi a segunda vez desde o início da guerra na Faixa de Gaza.
A Agência de Notícias do Cuaite disse que “foi emitida uma ordem do Emir para dissolver a assembleia nacional e suspender alguns artigos da constituição por um período não superior a quatro anos.” E também que o Emir e o conselho de ministros estavam “assumindo os poderes concedidos à assembleia nacional.”
O rei atribuiu sua decisão à “interferência” de alguns deputados no seu poder e outros que impunham “condições” para ajudar a formar um governo. “Enfrentamos dificuldades e obstáculos que não podem ser tolerados”, disse ele em um discurso transmitido pela emissora estatal.
Ele acusou alguns parlamentares de “chegarem ao ponto de interferir no cerne dos poderes do príncipe e na escolha do seu príncipe herdeiro, esquecendo-se de que este é um direito constitucional explícito do príncipe.”
O parlamento, eleito no início de abril, deveria se reunir pela primeira vez na segunda-feira (13), mas vários deputados se recusaram a participar do governo.
A principal crise das monarquias do Golfo Pérsico gira em torno da Paletina, no Cuaite, não deve ser diferente.