Na última terça-feira (23), o Congresso dos Estados Unidos aprovou um projeto de Lei que proíbe o aplicativo TikTok no país, caso a ByteDance, dona da plataforma, não abra mão dele em nove meses. A medida foi aprovada como parte de um pacote de segurança nacional que também prevê uma ajuda bilionária para Ucrânia, “Israel” e Taiuã.
O que os defensores do projeto afirmam é que a relação da China (que é a criadora do Tik Tok) com a ByteDance pode trazer riscos à segurança nacional norte-americana, pois, segundo técnicos, a companhia é obrigada a compartilhar dados com o governo chinês. De acordo com especialistas, o aplicativo consegue rastrear a localização dos usuários, listas de contatos, detalhes pessoais e endereços de IP, um ponto em sua política de privacidade permite a coleta de dados biométricos, incluindo “impressões faciais e de voz”.
No entanto, todos esses pontos dos quais o Tik Tok pode ter acesso quando um usuário está no aplicativo não é diferente de outros aplicativos. Por outro lado, a empresa afirma que nunca compartilhou informações dos mais de 170 milhões de usuários norte-americanos, e que também não o fará no futuro.
Em resposta a Joe Biden, que sancionou o Projeto de Lei nesta quarta-feira (24), o presidente-executivo do TikTok, Shou Zi Chew, disse que a empresa espera questionar na justiça a legislação. “Fiquem tranquilos, não vamos a lugar algum”, disse ele em um vídeo postado momentos depois de Biden sancionar a lei. “Os fatos e a Constituição estão do nosso lado e esperamos prevalecer novamente.”
Depois de assinada por Biden, a proibição entrará em vigor em 270 dias, a menos que a ByteDance venda o TikTok para uma empresa não chinesa. Se não, o acesso será bloqueado nos EUA. A lei funcionará impondo penalidades civis às lojas de aplicativos, como a App Store da Apple e o Google Play, se distribuírem ou atualizarem o TikTok. Os provedores de serviços de internet também seriam obrigados a bloquear o acesso na web.
O banimento do TikTok nada tem a ver com as acusações grotescas contra a China. A questão toda gira em torno do fato de o aplicativo ser um um dos principais meios de divulgação da propaganda pró-Palestina nos EUA. A maioria dos vídeos contra o Estado fictício de “Israel” postados no aplicativo tem grande alcance, visualizações e interações.
Tem ficado cada dia mais claro que todo o apoio ao extermínio do povo palestino tem custado muito caro para os democratas, que inclusive podem ser derrotados pelo ex-presidente Donald Trump no final do ano. Neste momento,, também é possível perceber que o imperialismo tem perdido o controle da situação no Oriente Médio e está bastante preocupado com o desenrolar da situação.
É por isso que o pacote de segurança, que inclui US$60,8 bilhões para a Ucrânia, US$26 bilhões para “Israel” e 8 bilhões para a região Indo-Pacífico – leia-se Taiuã – foi aprovado. O valor destinado aos israelenses, mostra também a crise do regime sionista que ultimamente tem acumulado várias derrotas, principalmente para a resistência armada que defende os palestinos.