Segundo a agência de notícias Yonhap, que cita o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul (JCS, da sigla em inglês), a artilharia norte-coreana teria disparado mais de 200 projéteis em direção a ilhas sul-coreanas no Mar Amarelo. Segundo o JCS não houve baixas militares ou civis, e os projéteis não ultrapassaram a Linha Limite Norte (NLL, da sigla em inglês), considerada por Seul como fronteira marítima no Mar Amarelo, caindo na zona de amortização.
Essas zonas de amortização terrestre, marítima e aérea, foram estabelecidas por meio de acordo entre as coreias em 2018, visando reduzir a tensão a época. O acordo proibiu o uso de simulacro com fogo real na zona de fronteira.
Os militares sul-coreanos também decretaram ordem de evacuação dos habitantes civis em duas ilhas da região limite. Segundo a agência Yonhap, os militares sul-coreanos “alertaram sobre medidas correspondentes”.
Ainda no dia 5, as forças sul-coreanas realizaram exercícios militares com fogo real na zona de amortização ao sul da NLL. Foram utilizados blindados K1E1, municiados de autopropelidos K9, segundo as foram distribuídos próximo a 400 projeteis para essa ação de resposta.
Durante o dia 6, as forças militares norte-coreanas efetuaram novos disparos, segundo a JCS algo em torno de 60 projeteis. Segundo o presidente do Comitê de Assuntos do Estado Norte-coreano, Kim Jong-un, os laços intercoreanos definissem como “entre os Estados hostis entre si”, Pyongyang teria intensificado os preparativos para “suprimir todo o território da Coreia del Sur”.
A ilha de Formosa (Taiwan) é um território antigo da China, ocupado pelo Japão, foi o local refúgio das forças de Chiang Kai-shek, estando desde então fora do controle continental. Sendo o retorno do seu controle reivindicação antiga da China, foi objeto de acordos.
A territorialidade chinesa sobre Taiwan é um ponto pacifico, tanto que os EUA transferiram o reconhecimento diplomático de Taiwan para a China em 1979. Entretanto, dada as atuais relações de forças e importância estratégica e comercial de Taiwan, o imperialismo tem alterado sua posição nesse ponto, armando fortemente o governo separatista da ilha.
Essa mudança em parte vem do enorme papel de Taiwan na cadeia de produção de chips e semicondutores, essenciais para manutenção da supremacia economia norte-americana. Hoje, segundo a Associação da Indústria de Semicondutores dos EUA, a ilha produz 90% de todos os chips de alta qualidade do mundo.
Segundo o Dr. Lai: “Após os EUA cortarem relações em 1979, o nosso exército (Taiwan) experimentou um isolamento quase completo. Eles estão presos na doutrina militar dos EUA da época da Guerra do Vietnã”.
Segundo o pesquisador do Instituto de Defesa Nacional e Pesquisa de Segurança em Taipei, William Chung: “A China está tentando mudar o status quo em toda a região”. “significa que a segurança de Taiwan está ligada ao Mar da China Meridional e ao Mar da China Oriental. Significa que já não estamos isolados” Completa Chung.
Como atualmente a China tem a maior marinha do mundo e uma força aérea muito superior a de Taiwan. Num exercício de guerra conduzido por um think-tank no de 2022, constatou que, “num conflito com a China, a marinha e a força aérea de Taiwan seriam exterminadas nas primeiras 96 horas de batalha.”
A condição nesta disputa ficam similares as da Ucrânia, forçando uma intervenção direta do imperialismo para prevalência dos seus interesses. Para tanto, além de treinamento de tropas, os EUA venderam U$ 14 bilhões em armamento a Taiwan e doaram outros U$ 80 milhões.
Essa doação, fora do programa de Financiamento Militar Estrangeiro (FMF, na sigla em inglês), é um fato novo, que não ocorre há ao menos quatro décadas. Essa nova política, ocasiona dubiedade em Washington, onde muitos consideram que “qualquer compromisso público dos EUA (com Taiwan) provocaria Pequim, em vez de detê-la.”
Outro ponto de tensão na região asiática se expressa no Conselho de Segurança da ONU (UNSC, da sigla em inglês). Os países imperialistas acusam a Rússia de fornecer armamento a Correia do Norte, tanto convocaram uma reunião do UNSC, para dia 10 de janeiro sobre essa pauta.
A acusação de cooperação técnico-militar “ilegal” foi veemente negada pela porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Maria Zakharova. O que reitera a posição anterior do ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, de que as acusações seriam apenas “rumores”.
Fortalecendo a máxima de que quando a direita acusa esta fazendo a pressão no conselho teve o efeito contrario. Segundo fonte da Agência de Notícias Russa TASS, Rússia solicitou “uma reunião sobre o fornecimento de armas ocidentais (à Ucrânia) foi solicitada para 22 de janeiro”.
Tudo indica que com as derrotas no Oriente Médio e o enfraquecimento da dominação imperialista no mundo, as potências regionais da Ásia tende a endurecer frente ao imperialismo. Ocorre que o ano de 2023 foi marcado de derrotas ao imperialismo, demonstrando sua impotência para manter seu enclave militar na Ucrânia, mesmo após queima mais de bilhões de dólares com Kiev.
Ocorre que o gigante imperialista enfrenta seu maior inimigo, o seu limite econômico para financiamento militar. Esse fato transparece na retenção no repasse de bilhões destinados a Ucrânia, e no pequeno repasse realizado a TaiWan, mesmo com considerável apoio da proposta no Congresso norte-americano.
Um dos principais pontos de pressão na política imperialista é justamente a resistência do povo palestino em Gaza. A incapacidade de “Israel” de dominar a região que segue sob controle do Hamas, denuncia a impotência atual do imperialismo.