Na terça-feira (14), na capital da Armênia, a polícia prendeu pelo menos 63 manifestantes. O Primeiro-Ministro Nikol Pashinyan está enfrentando um movimento pedindo sua renúncia devido à crise que o se abriu com o vizinho Azerbaijão estimulada pelo imperialismo.
Os protestos começaram cedo pela manhã, quando ativistas usaram latas de lixo e bancos para bloquear a Rua Abovian, que leva à principal Praça da República de Ierevan. Imagens postadas na Internet mostraram dezenas de policiais contendo os manifestantes e levando-os embora em vans da polícia. Todos os detidos foram liberados posteriormente.
A crise começou em meados de abril, quando os dois países concordaram em iniciar um processo de delimitação de fronteira, começando com a transferência de quatro vilarejos na região de Tavush para o Azerbaijão.
O acordo gerou indignação e levou à formação do movimento de protesto ‘Tavush para a Pátria’, liderado pelo chefe da diocese de Tavush da Igreja Apostólica Armênia, Arcebispo Bagrat Galstanian. No início deste mês, os manifestantes começaram uma marcha da região fronteiriça até a capital.
Em 9 de maio, foi organizada uma manifestação de milhares de pessoas em Ierevan, onde Galstanian exigiu a renúncia do primeiro-ministro. Segundo o arcebispo, dois partidos de oposição no parlamento armênio estão prontos para iniciar um processo de impeachment contra Pashinian.