Segundo a agência de notícias norte-coreana Yonhap, Kim Jong-un, presidente da Coreia do Norte, afirmou que a Coreia do Sul deveria ser designada na Constituição do país como “país hostil número um”.
Nos últimos meses, a tensão entre os dois países aumentou. O próprio Kim Jong-un deixou claro que a reunificação já não era mais um objetivo da Coreia do Norte devido à hostilidade do país fantoche do imperialismo em relação ao vizinho no norte.
O presidente norte-coreano, na mesma ocasião em que comentou sobre a Constituição nacional, deixou claro que não deseja uma guerra contra a Coreia do Sul, mas que “tampouco não a evitará”. “Uma invasão de 0,001 milímetro por parte da Coreia do Sul será considerada uma provocação de guerra”, afirmou. Ele também deixou claro que, caso seja declarada guerra, a Coreia do Sul será destruída e os Estados Unidos sofrerão uma derrota inimaginável.
Na segunda-feira (15), o governo determinou o fim das agências que tratam dos assuntos “intercoreanos”, ou seja, as que foram criadas com o objetivo de facilitar o diálogo entre os dois países. São elas: o Comitê para a Reunificação Pacífica do País, o Gabinete Nacional de Cooperação Econômica e a Administração Internacional de Turismo de Kumgangsan, área montanhosa localizada na Coreia do Norte.
O chefe do Executivo norte-coreano, justificando a mudança da postura em relação ao país vizinho, denunciou que a Coreia do Sul não quer uma reunificação pacífica, mas sim uma “unificação por absorção” e uma “unificação sob a democracia liberal”. “É totalmente contrário à nossa linha de reunificação nacional baseada em uma nação, um Estado e dois sistemas, à qual aderimos durante quase 80 anos”, disse Kim.