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Futebol

Juca Kfouri: sem extremos, eu quero o PSDB!

Empregado da Folha defende que tanto esquerda quanto a direita são ditaduras

No banco dos réus para sempre, Cuca, o novo técnico do Athletico Paranaense, fez um tremendo discurso em razão do transcurso do 8 de março, Dia da Mulher Trabalhadora, como forma de remissão de pena em razão do processo que sofreu por prática de estupro nos anos 1980.

Aplausos da esquerda cujo estatuto está registrado nos escritórios da Folha de S. Paulo.

Juca Kfouri, um dos principais defensores da retratação de Cuca, escreveu, em razão dos acontecimentos, nova coluna no jornal golpista da Folha, dizendo que “o gesto redentor do treinador Cuca no último domingo (10) mostrou com clareza como são os extremistas ‘defensores da moral e dos bons costumes’“.

Isso porque um determinado pessoal também atacou Cuca em razão de sua retratação. O que, na perspectiva de Kfouri, representa o “clima de politização” no país. “Intoxicados pelo clima da politização que acusa até quem elogia o tom vermelho de uma rosa encantadora, torcedores sem noção reduziram a questão ao fundamentalismo clubístico ou religioso que, trocados em miúdos, dão no mesmo“.

Em tons proféticos, afirma: “vivemos tempos de tamanha intolerância e cinismo que virou isto: Cuca era inocente enquanto criticado pelos defensores dos direitos humanos e passou a ser culpado, sem direito ao arrependimento, a partir do momento em que foi acolhido pelos que o criticavam (…) Com o que se perdeu o foco no essencial: Cuca leu Milly Lacombe e entendeu que a questão não era sobre ele, mas também sobre ele. Que o mundo tomado pelo machismo tóxico precisa ser reeducado e manifestou-se disposto a cerrar fileiras nesta luta“.

Apesar de ter dito o contrário, é muito difícil que Cuca tenha lido a insuportável Milly Lacombe, pelo simples fato de que ela sequer gosta de futebol – quem gosta de futebol não lê Milly Lacombe, é realmente impossível. O mais fácil é que ele foi forçado a se retratar, sob pena da imprensa pseudo feminista, como é o caso da Folha de S. Paulo, redigir um texto por dia contra ele (Casagrande já deve ter pronto uns cinco textos), prejudicando sua carreira e o próprio time. Não deixa de ser uma confissão, não deixa de ser, também, uma ditadura, se assim aconteceu.

“A desilusão com a política tradicional, e com as imperfeições da democracia formal, muito melhor, diga-se, do que qualquer ditadura, de esquerda ou de direita, parece conduzir o país a outra forma de obscurantismo, ao regime teocrático, comandado por bestas-feras gananciosas e protegido por milícias armadas, fardadas ou não (…) Até para isso o depoimento de Cuca ajudou: para mostrar o tamanho da hipocrisia dos extremistas, que, de tanto militarem, chamam de militantes os que procuram apenas ser equilibrados com seus erros e acertos.”

A tal democracia formal, equilibrada, não parece ser a melhor coisa para as quase um milhão de pessoas presas no Brasil, ou as 21 milhões de pessoas que, na democracia formal e equilibrada, passam fome no País. Sem falar nos problemas democráticos em si, como a liberdade de expressão. Essa já foi para o vinagre, com a ajuda da esquerda e de pessoas como Kfouri.

No entendimento do redator da Folha, o chamado “equilíbrio” que ele acha que defende seria melhor que as “ditaduras” de esquerda e de direita. Ou seja, uma posição política firme, um programa político sério, da direita ou da esquerda, é uma ditadura. O certo é como está, mesmo que o atual presidente estava, até anteontem, preso em razão de um processo ilegal, fruto de um golpe de Estado que a própria Folha de S Paulo colaborou diariamente, 24/7.

Argumenta: “além do mais, os casos em si [Lula e Cuca] nada têm a ver um com o outro, eventual corrupção x violência contra mulher. Passam a ter só na cabeça poluída de quem vê na crítica a Neymar o fato de ele votar em B ou L. Ou na imprensa de extrema direita, que chama este jornal de Foice de São Paulo e vê no jornalista Merval Pereira um perigoso comunista“.

A direita errou nessa propaganda, Kfouri. A Folha, seus patrões, no caso, é um dos jornais do golpe. Se a direita está bem desenvolvida nos dias de hoje, ela deveria agradecer à família Frias e aos outros monopólios da comunicação brasileira.

Sobre Neymar, basta ver que o ídolo do futebol brasileiro se recusa a falar com a imprensa brasileira. E o faz bem, pois, ao contrário do que diz a direita sobre a Folha de S. Paulo, as críticas da revista contra Neymar não têm nada a ver com o suposto apoio dele a Jair Bolsonaro, mas se trata somente da política europeia de acabar com o futebol brasileiro, a começar com seus jogadores e torcedores. A imprensa brasileira não é brasileira.

Na ideia equilibrada de Kfouri, não deveria existir esquerda ou direita, mas somente o equilíbrio, ou, dito de outra forma, o PSDB ou o MDB. O equilíbrio que vendeu quase tudo que o Brasil tinha de patrimônio, equilíbrio que derrubou Dilma Rousseff em 2016. Equilíbrio que garante um lugar ao sol para os contratados do regime e seus lacaios da imprensa.

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