Na quarta-feira (7), em uma entrevista à rede de notícias de televisão al-Arabiya, o primeiro-ministro do Iraque, al-Sudani, afirmou que a missão da coalização militar liderada pelos EUA será encerrada mediante solicitação oficial do governo de Bagdá. Em suas palavras: “o principal objetivo de encerrar a missão da coalizão militar liderada pelos EUA é eliminar todos os possíveis pretextos para ataques contra seus assessores”.
Sudani também criticou os últimos bombardeios dos EUA contra posições controladas pelas Forças de Mobilização Popular, isto é, a guerrilha iraquiana que derrotou o Estado Islâmico e que oficialmente se tornou parte das forças armadas iraquianas. Ele afirmou que “qualquer tipo de ataque militar no território iraquiano é inaceitável” e ainda acrescentou que o Iraque não teve nenhum contato com os Estados Unidos após os ataques aéreos.
O primeiro-ministro iraquiano também colocou que a retirada das forças militares lideradas pelos EUA da região semi-autônoma do Curdistão é uma das questões principais das negociações entre o Iraque e o governo Biden. Sudani disse “o governo iraquiano propôs uma fórmula, segundo a qual os grupos de resistência interromperão seus ataques retaliatórios em troca do cessar dos ataques americanos”. Desde 2020, após o assassinato Abu Mahdi Mohandis e Qassem Soleimani em Bagdá, o Iraque aprovou a expulsão das tropas dos EUA, que não respeitaram a decisão.