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Guerra no Oriente Médio

Irã vai bombardear ‘Israel’?

O jornal imperialista Wall Street Journal afirmou que até sábado (13), o Irã atacaria “Israel”, mas será que é essa a política da República Islâmica?

Na quinta-feira (11), o ministro das Relações Exteriores do Irã condenou a posição da Inglaterra após o ataque israelense ao consulado iraniano na Síria. Segundo o portal IRNA: em relação ao ataque aéreo do regime israelense à seção consular da embaixada da República Islâmica do Irã em Damasco, Amir-Abdollahian criticou a inação da Grã-Bretanha em condenar“. Isso aconteceu durante uma conversa de telefone entre Abdollahian e o seu homologo inglês, David Cameron.

Amir-Abdollahian também abordou a participação britânica na campanha militar liderada pelos EUA no Mar Vermelho e no Golfo de Adem contra o Iêmen, que, nos últimos meses, tem atacado embarcações israelenses em solidariedade aos palestinos. Ele afirmou: “a raiz da crise não está no Mar Vermelho, mas no genocídio em Gaza“. Cameron, por sua vez, pediu moderação ao Irã, alertando sobre uma possível expansão dos conflitos na ausência dessa moderação. Ele expressa a posição do imperialismo de preocupação com qual será a retaliação do Irã a “Israel”.

Na quinta-feira, o jornal imperialista Wall Street Journal publicou que “Israel” está em estado de alerta máximo para um possível ataque direto do Irã, o qual poderia ocorrer nas regiões sul ou norte dentro das próximas 24 a 48 horas, ou seja, até sábado (13). A fonte do jornal afirmou também que os planos de ataque estão em discussão e que uma decisão final ainda não havia sido tomada. A Alemanha cortou voos para Teerã, capital do Irã, durante a semana, e o corpo diplomático dos EUA em “Israel” foi posto em alerta.

Além disso, na quarta-feira (10), o general chefe do Comando Central dos EUA, Erik Kurilla, esteve em Telavive e se reuniu com o ministro da Defesa israelense, Joabe Galante, também na esteira dos possíveis ataques iranianos ao território controlado pelos sionistas. Essa visita aconteceu no mesmo dia em que o aiatolá Khamenei, chefe de Estado do Irã, realizou um discurso com um fuzil nas mãos afirmando que “o regime sionista deve ser punido, e será punido”.

Na sexta-feira, o ministro das Relações Exteriores do Irã também teve uma conversa telefônica com seu homólogo de outra nação imperialista, a Itália. Em conversa com Abdollahian, Antonio Tajani pediu ao Irã para exercer contenção em relação a uma possível retaliação pelo ataque recente de “Israel” ao consulado iraniano em Damasco. Ele enfatizou a necessidade de moderação, afirmando que a escalada durante um período tão volátil é muito arriscada. Tajani destacou a condenação da Itália ao ataque ao local diplomático do Irã e enfatizou a necessidade de proteger as instalações diplomáticas.

O ministro italiano assumiu uma postura um pouco mais balanceado do que a do imperialismo inglês, mas, no geral, demonstrou a mesma preocupação, que o Irã possa escalar a guerra de forma que ela saia ainda mais do controle. Mas ninguém de fato sabe o que fará o governo do país persa.

O que fará o Irã?

A imprensa burguesa e os governos imperialistas enfatizam o ataque em solo israelense vindo do Irã, mas a verdade é que a República Islâmica tem uma enorme gama de opções. Em janeiro de 2023, após o atentado à homenagem ao mártir Qassem Soleimani, que deixou quase 100 mortos, o Irã bombardeou uma base do Mossad no Curdistão iraquiano, foi um ataque direto à “Israel”, mas sem ser em seu solo. Pode ser que outro ataque desse tipo esteja sendo planejado.

Ao mesmo tempo, o Irã tem relações com todas as organizações da resistência na Palestina, no Líbano, no Iraque, no Iêmen e na própria Síria. Isso abre margem para um ataque indireto do Irã a “Israel”, principalmente por meio do Hesbolá, que já está em guerra com o Estado sionista. Com essa quantidade de variáveis, fica difícil prever qualquer ação dos iranianos.

Mas uma questão política é crucial: o Irã tem interesse em atacar o território de “Israel”? Um ataque direto a “Israel” seria uma declaração aberta de guerra, algo que levaria a uma escalada enorme. Todos os grupos da resistência agora teriam o aval também para ampliar os seus ataques. O principal deles, o Hesbolá, por si só, causaria um dano enorme no Estado sionista. Isso significa que os EUA teriam de entra na jogada para salvar seu aliado. Eles sustentaram por seis meses o genocídio em Gaza, não seria agora que abandonariam “Israel”, e o Irã só não atacou até hoje porque sabe disso. “Israel” não consegue se sustentar por si só, apenas existe devido ao apoio do imperialismo.

A política do Irã é apoiar toda a resistência e deixar “Israel” ser derrotado, aonde terá a sua pior derrota, na própria Faixa de Gaza. A derrota do sionismo nas mãos dos palestinos é o que precisa acontecer para a luta avançar. Por isso o Irã é um enorme apoiador, inclusive com o envio de armas, de toda a resistência palestina. Isso não significa que o Irã retirou o ataque a “Israel” de seu leque de jogadas, mas ao contrário do que anuncia a imprensa, isso não parece ser o mais provável.

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