Na quinta-feira (25), o dirigente do Hamas, Khalil al-Haiia, concedeu uma entrevista à Associated Press. Ele afirmou que se um Estado palestino independente for estabelecido ao longo das fronteiras pré-1967, ou seja, Cisjordânia, Jerusalém Oriental e Faixa de Gaza, o Hamas se desarmaria. Em suas palavras: “um Estado palestino totalmente soberano na Cisjordânia e na Faixa de Gaza e o retorno dos refugiados palestinos segundo as resoluções internacionais”
Ele afirmou que o Hamas deseja se juntar à Organização para a Libertação da Palestina, dirigida pelo Fatá, antigo partido de Iasser Arafat, para estabelecer um governo unificado para Gaza e a Cisjordânia.
Sobre uma possível invasão de Rafá, na Faixa de Gaza, ele afirmou que o ataque não teria sucesso em eliminar o Hamas. E acrescentou que a comunicação entre a liderança política externa e a liderança militar dentro de Gaza permanece ininterrupta durante a guerra. As decisões e diretrizes são feitas por meio de consulta entre os dois grupos.
Sobre a possível ocupação de Gaza por tropas norte-americanas, ele afirmou: “rejeitamos categoricamente qualquer presença não palestina em Gaza, seja no mar ou em terra, e lidaremos com qualquer força militar presente nesses lugares, israelense ou quem quer que seja como uma potência ocupante”. A referência ao mar se deve a proposta dos EUA de fazer um porto temporário em Gaza.