Corte Internacional de Justiça

Hamas: massacre em Rafá é desafio a decisão da CIJ

45 palestinos foram assassinados em decorrência de um ataque aéreo israelense contra um acampamento de refugiados no noroeste de Rafá

No último domingo (26), “Israel” realizou mais um sangrento massacre contra o povo palestino. 45 palestinos foram assassinados em decorrência de um ataque aéreo israelense contra um acampamento de refugiados no noroeste de Rafá. Além das explosões, as bombas também colocaram o acampamento em chamas, matando muitos dos palestinos carbonizados.

O ataque também resultou em 249 feridos, muitos dos quais estão em estado crítico e podem, nos próximos dias, falecer. Ademais, dos 45 assassinados, 23 são crianças, mulheres e idosos.

O mais novo massacre perpetrado por “Israel” ocorreu apenas dois dias depois que a Corte Internacional de Justiça (CIJ) emitiu uma ordem para que o exército sionista para imediatamente sua ofensiva contra Rafá. A decisão se deu no âmbito do processo protocolado pela África do Sul contra a ocupação sionista.

“Israel não forneceu informações suficientes sobre a segurança da população durante o processo de evacuação, ou a disponibilidade de alimentos, água, saneamento e medicamentos para os 800 mil palestinos que já haviam fugido de Rafá até agora […] Consequentemente, o tribunal é de opinião que Israel não abordou e dissipou suficientemente as preocupações levantadas pela sua ofensiva militar em Rafá”, afirmou Nawaf Salam, presidente da CIJ.

Na ocasião, o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas, na sigla em árabe), além de saudar a decisão da CIJ, explicou que não era o suficiente, e que os outros países deveriam tomar medidas para garantir que “Israel” acate as decisões tomadas.

“Saudamos a decisão da Corte Internacional de Justiça que apela às forças de ocupação sionistas para que ponham fim à sua agressão militar a Rafá. Acreditamos que não é suficiente, uma vez que a agressão de ocupação em toda a Faixa de Gaza e especialmente no norte de Gaza é igualmente brutal e perigosa”, disse Basem Naim, um dos principais dirigentes do birô político do Hamas.

Quer dizer, ao cometer o novo massacre em Rafá, “Israel” também desacatou uma decisão da CIJ, demonstrando as limitações do direito internacional. O Hamas também denunciou esse problema, afirmando, por meio de comunicado oficial, que:

“O crime da ocupação é um desafio, uma total imprudência e um desrespeito pela decisão do Corte Internacional de Justiça, que o apelou a parar a sua agressão contra Rafá.

Exigimos a implementação imediata e urgente das decisões do Corte Internacional de Justiça e pressão para parar este massacre e o derramamento de sangue civil.

A ocupação não teria cometido este massacre sem o apoio norte-americano e a luz verde para invadir Rafá, apesar de estar repleta de pessoas deslocadas.”

Além disso, o Hamas deixou claro que não negociará novos acordos com “Israel” no que diz respeito à proposta de cessar-fogo, afirmando que o partido palestino já havia concordado com uma proposta anterior. Sobre isso, Osama Hamdan, outro importante dirigente do Hamas, afirmou o seguinte à emissora catarense Al Jazeera:

“As negociações visam parar a agressão, acabar com o cerco e alcançar um acordo justo de troca.

Não fomos informados pelos mediadores sobre qualquer coisa relacionada à retomada das negociações.

Falar sobre novas negociações hoje não é sério.

Ainda acreditamos que ‘Israel’ está tentando evadir as obrigações do Corte Internacional de Justiça.

Não precisamos de novas negociações, e o Hamas respondeu à proposta apresentada pelos mediadores.

Discutir emendas à proposta dos mediadores serve a “Israel”, dá-lhe tempo e permite que evite a decisão do Corte Internacional de Justiça.

A questão é sobre as garantias que podem ser fornecidas quanto à aceitação de novas ideias por ‘Israel’.

Se não houver garantias sérias, isso significa dar mais tempo a ‘Israel’ para continuar a agressão.

Houve uma proposta à qual concordamos, que ‘Israel’ rejeitou, e não há garantia de que aceitará novas propostas para ir às negociações.

Falar sobre a prontidão de ‘Israel’ para uma calma contínua não é suficiente.

O que é necessário é a retirada imediata de ‘Israel’ da Faixa de Gaza e a cessação de toda a agressão.

A prioridade é que a decisão do Corte Internacional de Justiça seja implementada e que Biden anuncie sua prontidão para obrigar ‘Israel’ a cumprir.

Nenhuma proposta ‘israelense’ pode ser confiável. Por que deveríamos aceitar uma proposta após a proposta dos mediadores que concordamos?”

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